quarta-feira, 10 de outubro de 2018

PROPOSTAS DOS CANDIDATOS: JAIR BOLSSONARO


Jair Bolssonaro: PSL 63 anos.é deputado federal, em seu sétimo mandato. Passou por oito partidos, é capitão reformado do Exército. EDUCAÇÃO E SAÚDE: Não admitir ideologia de gênero nas escolas. "Nós precisamos de um presidente que trate com consideração criança em sala de aula, não admitindo ideologia de gênero, impondo a Escola Sem Partido". Defende educação "sem doutrinação e sexualização precoce". Incluir no currículo escolar as disciplinas educação moral e cívica (EMC) e a organização social e política brasileira (OSPB), que eram ensinadas durante a ditadura militar. Propor a diminuição do percentual de vagas para cotas raciais. Defende cota social. Ampliar o número de escolas militares, fechando parcerias com as redes municipal e estadual. Em dois anos, ter um colégio militar em cada capital. Fazer o maior colégio militar do país em São Paulo, no Campo de Marte. Defende a adoção da educação à distância no Ensino Fundamental, Médio e universitário, com aulas presenciais em provas ou aulas práticas, o que "ajuda a combater o marxismo". Criar um Prontuário Eletrônico Nacional Interligado. Os postos, ambulatórios e hospitais devem ser informatizados com todos os dados do atendimento. Para combater a mortalidade infantil, defende a melhoria do saneamento básico e a adoção de medidas preventivas de saúde para reduzir o número de prematuros — entre elas, estabelecer nos programas neonatais a visita ao dentista pelas gestantes. Extraditar o ex-ativista italiano Cesare Battisti, a quem chama de terrorista. Criar a carreira de Médico de Estado, para atender áreas remotas e carentes do Brasil. Profissionais do Mais Médicos só poderão atuar se aprovados no Revalida: "Nossos irmãos cubanos serão libertados". Incluir profissionais de educação física no programa de Saúde da Família, para combater sedentarismo, obesidade e suas consequências. SEGURANÇA: Redirecionar a política de direitos humanos, priorizando a defesa das vítimas da violência. Reformular o Estatuto do Desarmamento. Defende o direito a posse e porte de arma de fogo por todos. Defende mudança no código penal para estabelecer a legítima defesa de fato: "você atirando em alguém dentro da sua casa ou defendendo sua vida ou patrimônio no campo ou na cidade, você responde, mas não tem punição". Reduzir a maioridade penal para 16 anos. Acabar com a progressão de penas e as saídas temporárias. Defende o fim das audiências de custódia. Apoiar penas duras para crimes de estupro, incluindo castração química voluntária em troca da redução da pena. Tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas no território brasileiro. Garantir o excludente de ilicitude para o policial em operação — ou seja, que os policiais não sejam punidos se matarem alguém em confronto. POLÍTICAS SOCIAIS E DIREITOS HUMANOS: Garantir a cada brasileiro uma renda igual ou superior ao que é atualmente pago pelo Bolsa Família. Crítico ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que "tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil". ECONOMIA E EMPREGO: Deixar para trás o comunismo e o socialismo e praticar o livre mercado. Criar uma nova carteira de trabalho verde e amarela, em que o contrato individual prevaleça sobre a CLT. Os novos trabalhadores poderão optar, de forma voluntária, por um vínculo empregatício baseado na nova carteira de trabalho ou na tradicional (azul). Além disso, defende uma outra versão da CLT para o trabalhador rural. "O homem do campo não pode parar no Carnaval, sábado, domingo e feriado. A planta ali vai estragar". Paulo Guedes, que Bolsonaro define como seu "Posto Ipiranga" da economia e futuro ministro da Fazenda, teria anunciado para uma plateia restrita que pretende recriar um imposto nos moldes da CPMF e estabelecer uma alíquota única de 20% no Imposto de Renda hoje, a alíquota aumenta de acordo com a renda. Mas, no mesmo dia, Bolsonaro negou as propostas, afirmando que sua equipe sempre descartou qualquer aumento de impostos. Reduzir em 20% o volume da dívida pública por meio de privatizações, concessões, venda de propriedades imobiliárias da União. Criar o Ministério da Economia, que abarcará funções hoje desempenhadas pelos Ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, bem como a Secretaria Executiva do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Eliminar o déficit público primário no primeiro ano de governo e convertê-lo em superávit no segundo ano. Introduzir paulatinamente o modelo de capitalização para a Previdência. Criar o Balcão Único, que centralizará todos os procedimentos para abertura e fechamento de empresas. Defende privatizações. No caso da Petrobras, admite a privatização "se não tiver uma solução" a respeito da política de preço dos combustíveis. "Temos que ter um combustível com preço compatível". É contra a privatização do Banco do Brasil, Caixa Econômica. Defende redução de impostos, é contra taxação de grandes fortunas e heranças e contra novas tributações a empresários. Extinguir o Ministério das Cidades e "mandar o dinheiro diretamente para o município". Tornar o Brasil um centro mundial de pesquisa e desenvolvimento em grafeno e nióbio. POLÍTICA E CORRUPÇAO: Encaminhar para aprovação do Congresso "As Dez Medidas Contra a Corrupção", propostas pelo Ministério Público Federal. Cortar ministérios e nomear pelo menos 5 generais como ministros. Fazer com que recursos públicos sejam liberados automaticamente e sem intermediários para os prefeitos e governadores. POLÍTICA EXTERNA: Sepultar o Foro de São Paulo. Fazer negócio com o mundo todo, sem viés ideológico. Dar prioridade a relações comerciais com nações como Israel, não com a Venezuela. Não vai tirar o Brasil da ONU, conforme chegou a declarar. "É uma reunião de comunistas, de gente que não tem qualquer compromisso com a América do Sul", afirmou. Em seguida, disse que cometeu um falho e que não se referia à ONU, mas ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, que fez recomendação favorável à candidatura de Lula. Revogar a lei de imigração e fazer campo de refugiados, para lidar com a migração de venezuelanos para o Brasil. Pretende mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, assim como fez Donald Trump. Pretende fechar a Embaixada da Autoridade Palestina no Brasil. Reduzir alíquotas de importação e barreiras não tarifárias. Constituir novos acordos bilaterais internacionais. Defende que o Brasil deixe o Acordo de Paris sobre o clima — assim como fizeram os Estados Unidos de Donald Trump. Fundir os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, o que colocaria "um fim na indústria das multas, bem como leva harmonia ao campo". O ministro seria indicado "pelas entidades dos produtores". Fonte:www.bbc.com

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