segunda-feira, 15 de março de 2010

Acusado de filmar repórter nua


Chorando, ele se desculpou com a jornalista Erin Andrews, da ESPN.
Mas ela o chamou de 'predador sexual' e pediu ao tribunal pena maior.
Da AP
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A repórter da ESPN Erin Andrews durante transmissão de jogo de futebol americano. (Foto: AP)

O executivo de seguros de Chicago acusado de gravar escondido a repórter da ESPN Erin Andrews nua em quartos de diferentes hoteis dos Estados Unidos foi sentenciado nesta segunda-feira (15) a 27 meses de prisão.

Michael Barrett reconheceu sua culpa em dezembro e agora teve sua pena anunciada por um tribunal federal em Los Angeles.

Em lágrimas, ele pediu desculpas à vítima.

Mas Erin não aceitou, chamou-o de "predador sexual" e pediu ao tribunal que determinasse uma sentença mais rigorosa.

Andrews trabalha como repórter de campo em jogos de futebol americano. Ela também vai aparecer na nova temporada do programa da ABC "Dancing with the Stars" (Dançando com as estrelas)



Em dezembro do ano passado, Barrett aceitou confessar que perseguiu a mulher em vários Estados. Ele havia sido preso em 3 de outubro no aeroporto de Chicago, quando chegava de Buffalo, Nova York, de acordo com o FBI.


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A repórter esportiva Erin Andrews chora ao comentar a sentença de prisão contra seu 'stalker', nesta segunda-feira (15), no centro de Los Angeles, na Califórnia. (Foto: AP)


Segundo a polícia federal americana, ele é acusado de ter "espionado" Andrews para conseguir as imagens. Depois, teria tentado vender os vídeos para o website TMZ e publicado as imagens na internet.

Várias TVs e jornais americanos mostraram trechos dos vídeos em julho.

Os advogados de Barrett inicialmente negaram as acusações.



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A repórter Erin Andrews em foto de 15 de julho de 2009. (Foto: AP)


À época da prisão, a jornalista agradeceu à polícia por sua atuação no caso, afirmou estar aliviada e disse que esperava que sua história pudesse ajudar outras vítimas de golpes semelhantes.

As acusações contra Barrett foram feitas em Los Angeles, onde fica o TMZ e onde Andrews tomou conhecimento da existência dos vídeos. 

Os agentes do FBI explicaram que 7 dos 8 vídeos postados na web foram filmados com uma câmera de celular, através de um olho-mágico modificado, enquanto Andrews, de 31 anos, estava sozinha e nua em quartos de hotel em Nashville, no estado americano do Tennessee, em setembro de 2008.

Barrett descobria onde ela estava hospedada e conseguia um quarto ao lado do dela. Ela não conseguiu identificar onde foi feito o oitavo vídeo, segundo os investigadores.

O acusado tentou vender os vídeos ao TMZ, mas um funcionário do site denunciou o caso aos advogados de Andrews, o que deu início à investigação policial.

Segundo os representantes de Andrews, ela -que foi considerada a 'jornalista esportiva mais sexy' pela Playboy dos EUA em 2008 e 2009- sofreu psicologicamente com o caso. Ela disse que foi ameaçada e que também temia que viessem a público imagens "ainda mais íntimas".

O CASO NARDONI


Promotoria levará maquete do apartamento ao julgamento dos Nardoni

Casal será julgado pela morte da menina Isabella a partir de 22 de março.
Intenção é que os jurados entendam circunstâncias da morte, diz promotor.
Do G1, com informações do Fantástico
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O promotor Francisco Cembranelli, responsável pela acusação no julgamento do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, acusados de matar a menina Isabella em 2008, afirmou que vai levar ao júri uma maquete do Edifício London e do apartamento onde a família vivia. Segundo a acusação, pai e madrasta jogaram a criança pela janela.

"Muito difícil o jurado, em qualquer júri, entender olhando uma simples fotografia", explica Cembranelli.


Defesa e acusação intensificam os preparativos para o julgamento do casal Nardoni, que começa na próxima segunda-feira (22). Alexandre e Ana Carolina Jatobá são acusados de matar Isabella, então com 5 anos, em março de 2008 em São Paulo.

Ampliar FotoFoto: Arquivo Pessoal

Isabella ao lado da mãe Ana Carolina (Foto: Reprodução)

O julgamento do casal Nardoni pode durar até quatro dias e trará o depoimento de mais de 20 testemunhas, entre elas policiais, médicos legistas e peritos que trabalharam no caso. Dois depoimentos devem atrair mais atenção: o da delegada Renata Pontes, que comandou a investigação, e o de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella.

É em uma sala do Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, que sete jurados vão decidir o futuro do pai e da madastra de Isabella.

O advogado de defesa do casal Nardoni é Roberto Podval, que só perdeu dois dos 15 júris dos quais participou. "Eu estou recluso já há praticamente três semanas me preparando para o júri."



A defesa vai manter a tese de que o pai e a madrasta são inocentes. Logo após a morte de Isabella, em entrevista ao "Fantástico", os dois negaram o crime.

No tribunal onde o casal será julgado, há seus mil pessoas inscritas para participar de júris. Neste caso, 40 pessoas foram sorteadas, 23 mulheres e 17 homens. Os 40 participam de novo sorteio e, conforme o nome é anunciado, promotor e advogado podem recusar, no máximo, três vezes. Ao final, o júri fica com sete pessoas.
Opiniões
O "Fantástico" ouviu dez renomados criminalistas brasileiros, entre eles advogados e desembargadores. A reportagem perguntou a cada um: "Qual é a melhor estratégia que a Defesa e a Acusação do casal Nardoni devem adotar no julgamento?".

Entre as respostas está a importância da escolha dos sete jurados. Eles avaliam que a defesa deve preferir homens solteiros e sem filhos. A acusação deve preferir mais mulheres porque, em tese, elas se comovem mais em casos como o de Isabella.

"Naturalmente participam de julgamentos e tenho aceitado os jurados que são sorteados porque eles atendem uma intimação judicial e merecem todo o respeito", diz o promotor Francisco Cembranelli.

Até o fim do julgamento, os jurados não podem voltar para casa e nem comentar o caso. Ficam isolados no fórum.

O advgado de defesa, Roberto Podval, disse esperar que as pessoas "estejam abertas" para ouvir a defesa. Na semana passada, Podval entrou com recurso na Justiça alegando cerceamento de defesa.
O casal Nardoni
O advogado de defesa disse também que o casal atualmente "vive com a angústia" de quem se prepara para um julgamento". "Mas numa expectativa de que, embora difícil, será possível reverter o caso e absolver o casal", completou.

Se condenados, Alexandre e Ana Carolina saem do julgamento direto para a cadeia. Eles podem pegar, no mínimo, 12 anos de detenção. Quem definirá o tempo é o juiz Maurício Fossem. Se inocentados, podem voltar imediatamente para casa.