quarta-feira, 31 de maio de 2017

Pra que fumar


Fumar é uma atitude tão comum que ninguém nota como esse gesto é peculiar. Afinal, trata-se de inalar fumaça, algo repulsivo para outros animais. Mas, entre nós, fumar tornou-se tão familiar que algumas cenas cotidianas pareceriam inverossímeis sem umas tragadas. O que seria do cinema sem o cigarro nas cenas de sexo? E dos soldados, sem uma bituca para as longas horas de guarda? Sem falar dos gestos arquetípicos, como distribuir charutos para comemorar um nascimento. Fumar tornou-se inerente ao ser humano. Onde há fumaça, provavelmente haverá um dos 1,2 bilhão de fumantes do mundo, e vice-versa. Tudo graças a uma planta descoberta há cerca de 500 anos na América. Sim, o tabaco, a planta que recheia cigarros, cachimbos e charutos, é originário da América e era desconhecido pelos europeus até 1498. Desde então, o consumo mundial só fez crescer, espalhar-se e sofisticar-se. Mas a história de conquistas pode estar no fim. O cerco ao tabaco já reduziu o consumo nos países ricos e será reforçado nos demais. O último nó no torniquete em torno da indústria tabagista ocorreu no mês passado, quando 192 países aprovaram um tratado da Organização Mundial da Saúde (OMS) que prevê controle sobre o comércio de cigarro, limites à propaganda, aumento de impostos e divulgação dos malefícios que ele causa. No Brasil, as regras acrescentam pouco ao que já existe: a propaganda foi banida, o imposto é alto, os maços trazem alertas de saúde e a nomenclatura “light”, ideal para capturar ex-fumantes, foi proibida. Mas em muitos países o tratado, que precisa ser transformado em lei para vigorar, será um avanço. Assim, pode ser que em 20 anos o mundo veja pela primeira vez uma queda no número de cigarros consumidos no planeta, hoje em torno de 5,5 trilhões de unidades por ano. Até hoje, esse número só cresceu, embora na última década o crescimento tenha sido menor, graças a restrições em países de grande consumo. Mas essa redução foi compensada pela abertura de novos mercados. Em Taiwan, onde até 1990 só era vendida uma marca local, o consumo entre estudantes cresceu 50% depois que as grifes americanas acionaram suas táticas de marketing. Boa parte dessa gente não sabe que o cigarro causa doenças. Em 1996, uma pesquisa na China, onde se consomem 30% dos cigarros do mundo, revelou que 61% da população achava que o vício causa pouco ou nenhum dano à saúde. É um mercado mal explorado e mal regulado. É esse tipo de exploração que o novo tratado deve barrar. Não se sabe quando isso vai acontecer. Mas é certo que se acabaram os dias de glamour do cigarro, em que ele era associado a sedução e poder, em uma incrível história de construção de imagem que começou há 8 mil anos, no Peru, com o primeiro cultivo. Quando os espanhóis chegaram, 7 500 anos depois, a planta já se espalhara pelo continente, como afirma Iain Gately, autor de Tobacco (“Tabaco”, inédito no Brasil), sobre a história da planta. Na América, diz ele, as folhas eram fumadas, cheiradas na forma de rapé (tabaco em pó), mascadas e até usadas como supositório. A principal razão para o consumo era mística: o tabaco permitia um contato com espíritos. Mas outras funções eram atribuídas à planta. Seu efeito levemente analgésico e anti-séptico era indicado para dores de dente ou feridas, e todo doente recebia baforadas. A fumaça também marcava os eventos sociais, como as guerras. Entre os índios norte-americanos, fumava-se o cachimbo da guerra antes das batalhas. Quando a peleja terminava, era hora de tragar o cachimbo da paz. Mas também usava-se o tabaco por prazer, pela agradável sensação de alerta e de energia que a planta dá ao corpo. Mas fora das tribos a planta nunca foi unanimidade. O navegador espanhol Rodrigo de Jerez, o primeiro europeu a fumar, logo percebeu isso. De volta à Europa, ao fumar em público, foi preso por três anos. O hábito era considerado uma selvageria. Além disso, os europeus notaram que a planta capturava a vontade humana. “Não está em seu poder evitar o hábito”, disse Colombo, ao notar a avidez dos marinheiros pela planta. Os europeus não sabiam o que era vício e não entendiam o simbolismo indígena do tabaco. Na verdade, eles pouco entendiam dos índios. A começar da língua. Tanto que a palavra tabaco vem de dattukupa, que significa “nós estamos fumando”, em um dialeto indígena. Os europeus achavam que era o nome da planta. Mas aos poucos a erva ganhou adeptos. Logo notou-se que ela afetava o corpo, o que atraiu a curiosidade médica. E foi para divulgar a nova medicina que o médico e diplomata Jean Nicot enviou as primeiras sementes à rainha da França, Catarina de Médici. Em sua homenagem, a planta foi batizada como Nicotiana tabacum. Em pouco tempo, tabaco virou remédio para tudo, indicado para crianças que comem muita carne, para pedra no rim e até para tratar mordidas de tigre. Em 50 anos o tabaco conquistou o mundo. Em 1542, já havia samurais fumando. As tribos africanas costeiras adoraram a planta e a levaram às aldeias interioranas séculos antes de os primeiros brancos chegarem lá. Nem o islamismo impediu sua circulação e a planta foi admitida nos países árabes, onde o álcool era proibido. A prosperidade do tabaco contrastava com a de seus descobridores. Na América, a vida dos pioneiros ingleses instalados nos Estados Unidos ia mal. A expectativa de vida era de míseros seis meses. Tudo mudou em 1612, graças ao colonizador John Rolfe. Ele trouxe mudas de tabaco, que começou a cultivar na recém-instalada colônia da Virgínia. No mesmo ano, casou-se com a princesa índia Pocahontas. Com a ajuda da tribo dela e a venda da erva, a colônia tornou-se sustentável. A colheita de 1618 foi de 9 toneladas. No final do século, subira para 17 mil toneladas. Tabaco era o principal produto de exportação e razão de ser da comunidade, a ponto de virar moeda. Comprava-se de tudo com a planta, de refeições a esposas. Não por acaso, a primeira lei da assembléia dos colonos tratava da erva: determinava um preço mínimo. Muitas figuras históricas americanas envolveram-se com a planta. A família de George Washington, o primeiro presidente, vivia do comércio da erva. E Thomas Jefferson, autor da declaração de independência dos Estados Unidos, era um fazendeiro de tabaco. Na Europa, a planta invadia o cotidiano. A primeira forma de uso a popularizar-se foi o rapé, e as caixinhas onde os homens traziam o pó eram uma marca pessoal. Seu desenho e os modos de seu dono ao abri-la distinguiam sua classe social. Na Inglaterra, a moda envolvia o cachimbo, considerado tão sedutor que as mulheres exigiam que o marido o largasse depois de casar. A associação do tabaco com sexo foi uma invenção européia. Na Espanha, a Tabacalera, a indústria estatal que chegou a ter o maior prédio industrial do mundo, contratava ciganas para fabricar charutos. No calor mediterrâneo, elas trabalhavam em roupas diminutas. Aquilo virava a cabeça dos escritores, entre eles o francês Prosper Mérimée, autor de Carmen, que depois seria imortalizada na ópera homônima. Carmen fumava papelotes, que se popularizaram na França, onde foram rebatizados de cigarettes (como os cigarros são conhecidos também em inglês). A oposição ao tabaco crescia com seu consumo. Um dos mais notórios oposicionistas foi o rei inglês James I, do século 17. “Fumar é um costume repulsivo para os olhos, detestável para o olfato, daninho para o cérebro, perigoso para os pulmões”, dizia. Mas ele foi ignorado. O imperador otomano Murad IV proibiu o fumo e, para fiscalizar, vestia-se de mendigo e implorava por umas baforadas. Quem dava tabaco a ele era decapitado. Estima-se que 25 mil foram mortos em 14 anos. Nem os colonos americanos livraram-se da sanha reguladora. As colônias ao norte dos Estados Unidos, fundadas pelos quackers, uma gente puritana e centrada no trabalho, não gostavam daquela planta. Logo surgiram proibições. Apesar disso, o comércio prosperava. O tabaco foi um dos primeiros produtos a desenvolver marcas comerciais. Na primeira metade do século 18, esse conceito sofisticou-se e o produto passou a ser vendido com embalagens e slogans. Um grande impulso veio em 1880, com a invenção da máquina de fazer cigarros. James Buck Duke, um americano que vendia a erva, comprou duas máquinas e inovou não só a fabricação, mas também a venda, gastando 20% de seus lucros em propaganda. Logo dominou o mercado. Os cigarros eram mais práticos e mais saborosos, e o consumo de tabaco cresceu 50% nas duas últimas décadas do século 19. O crescimento da indústria coincidiu com uma nova onda de oposição ao fumacê. As pessoas começavam a perceber que cigarro e doença andavam juntos e no final do século 19 a venda para jovens foi proibida na Inglaterra e nos Estados Unidos. Não era sem tempo. Algumas décadas antes, estudantes ingleses levavam à escola um cachimbo cheio e tinham aulas de fumo. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, as indústrias locais, após anos disputando o mercado, se uniram. Nos Estados Unidos, nasceu a American Tobacco Company, que Duke presidiu. Na Inglaterra, surgiu a Imperial Tobacco Company. Logo as duas perceberam que também não valia a pena disputar entre si e chegaram a um acordo: cada uma cuidaria de seu quintal, e as duas criavam a British American Association (BAT), para explorar os mercados do mundo todo. Uma das primeiras aquisições da BAT foi a empresa brasileira Souza Cruz, criada em 1903 pelo imigrante português Albino Souza Cruz. A Primeira Guerra Mundial transformou o público consumidor ao introduzir as mulheres no mercado de trabalho. Uma das primeiras marcas lançadas para elas foi o Marlboro, que décadas depois seria associado à macheza do cowboy. Em pouco tempo, as mulheres descobriram que o gesto de fumar poderia ser uma nova forma de sedução. E as empresas glamourizaram ao máximo as baforadas femininas. O cinema foi uma bênção para os fabricantes de cigarro e o associou ao sexo de uma vez por todas. Como não se podia nem exibir beijos na tela, os insinuantes gestos femininos ao fumar substituíram as cenas picantes. Toda estrela tinha pelo menos uma foto no portfólio segurando um cigarro. Aos poucos, a associação cinema-cigarro profissionalizou-se: entre 1978 e 1988, 188 atores e diretores receberam cachê para incluir baforadas nos filmes. Em 1988, o governo americano proibiu a prática, mas a exposição do cigarro na telona continuou. Uma análise dos 250 filmes americanos mais populares da década de 90 mostrou que 87% deles exibiam alguém fumando. Atualmente morrem 3,5 milhões de pessoas por ano vítimas do fumo. Em 2030, serão 10 milhões. Mas até a década de 50 ninguém sabia disso. Foi então que surgiram as primeiras pesquisas associando o tabaco ao câncer de pulmão. Em 1962, o governo inglês anunciou que o cigarro fazia mal. A indústria respondeu de várias formas. Uma delas foi o lançamento de produtos supostamente menos agressivos, como o cigarro com filtro. Outra foi abandonar de vez qualquer alusão à saúde e realçar o sabor dos produtos. A imagem passou a contar como nunca. Foi quando os logotipos das marcas de cigarro começaram a aparecer nos carros de corridas. Por fim, as indústrias descobriram o consumidor de ouro: o adolescente. Segundo uma pesquisa feita em 1977 pela BAT, “a instalação do hábito de fumar é um fenômeno adolescente. O hábito se instala principalmente aos 15 ou 16 anos”. Quanto mais cedo começa, maior a chance de fumar por 30 anos ou mais. Era vital atingir tal público. A indústria sempre negou mirar os jovens, mas alguns documentos secretos que vieram à tona indicam que se discutia muito a importância desse público. No Brasil, 90% dos fumantes compraram o primeiro maço na adolescência. Controlar a divulgação de um hábito é difícil, ainda mais se quem lucra com ele tem dinheiro para promovê-lo de formas não controladas, como no caso do cigarro. Muitos países baniram anúncios na TV, mas as pessoas continuavam aparecendo fumando na TV, em novelas e filmes. Em 1998, metade dos britânicos entrevistados em uma pesquisa disse ter visto um anúncio de cigarros na TV nos seis meses anteriores, embora eles estivessem banidos desde 1965. Outro caminho adotado pelos governantes para controlar a indústria foi a Justiça. Mas as evidências ligando o fumo a doenças eram estatísticas, epidemiológicas. Para vencer uma ação contra as empresas era preciso provar que uma coisa causava a outra, e isso era difícil. As empresas só foram perder ações na Justiça americana na década de 90. No Brasil, há muitos casos de vitórias em primeira instância, mas ninguém recebeu nada, porque as empresas sempre recorreram. Em 1998, acuada por todos os lados, a indústria fez um acordo com 46 estados americanos, prometendo pagar 246 bilhões de dólares em 35 anos, para cobrir os custos com fumantes doentes. Em 1776, Adam Smith, o pai da economia moderna previu: “Rum, açúcar e tabaco não são produtos vitais, mas têm grande consumo, o que faz deles objetos ideais para taxação”. Dito e feito: o cigarro até hoje é fonte de receita para o governo. Na Inglaterra, o imposto morde 80% do preço do maço, teoricamente para custear o controle do hábito e o tratamento de doenças. Mas essas tarefas consomem só 16% do bolo. No Brasil, o imposto equivale a 70% do preço final, e o cigarro é o produto industrializado que mais paga imposto, o que faz da Souza Cruz o maior contribuinte industrial privado do país e do Brasil um dos países em que o cigarro tem maior importância na receita fiscal. No total, o governo arrecada 6 bilhões de reais, dos quais 2 bilhões são gastos com a saúde dos fumantes. Aumentar os impostos diminui o uso. Estima-se que, para cada 10% de aumento no preço, o consumo caia 8%. O problema é o contrabando, que muitas vezes já é incentivado pela indústria. Por aqui, o contrabando começou na década de 90 e atualmente responde por um terço dos cigarros vendidos. Isso apesar de o cigarro brasileiro ser um dos mais baratos do mundo. Mas, se os malefícios do cigarro são tão conhecidos, por que ainda há tantos fumantes? Bem, a primeira baforada deve-se ao marketing do cigarro. Outras a sucedem porque a nicotina vicia mais que a cocaína. Segundo o médico Daniel Deheinzelin, do Hospital do Câncer de São Paulo, com apenas sete a 14 dias de uso contínuo o fumante está dependente. Já largar o cigarro é difícil. Só 3% das pessoas que tentam abandonar o cigarro conseguem fazê-lo, geralmente após tentar cinco vezes. E olha que não é pouca gente tentando ficar longe da fumaça: 80% dos fumantes brasileiros dizem querer parar. A fórmula mais eficaz para chegar lá é usar três armas combinadas. 1) Medicamentos que reduzam a abstinência, que podem ser de dois tipos. Os primeiros são os antidepressivos, que reduzem a ansiedade. Os outros são os repositores de nicotina, vendidos em adesivos ou chicletes. Eles fornecem nicotina suficiente para evitar a abstinência, mas não contêm alcatrão, que é o mais nocivo. 2) Psicoterapia, para identificar as situações em que há risco de fumar e ajudar a enfrentá-las. 3) Apoio dos amigos e da família. Mesmo assim, só um quarto dos pacientes consegue largar de vez. A maior parte das recaídas ocorre em três meses. Mas será que a abstinência é a única forma de reduzir os danos à saúde? Não. Na Suécia, consome-se há décadas o snus, um tipo de tabaco umidificado. Seu segredo é que o snus não é fumado (na fumaça é que está a maioria dos males do cigarro). Tampouco é mastigado, o que costuma produzir câncer na boca e na faringe. Snus é para ser colocado entre o lábio e a gengiva e sugado, aos poucos. Hoje há mais suecos usando snus (19%) do que fumando (17%). Coincidência ou não, os suecos têm a menor taxa de câncer de pulmão da Europa e o menor risco de morte por doenças ligadas ao fumo. Mas o snus não é saudável. Ele aumenta o risco de doença cardiovascular em 40%. Mas isso é menos que entre fumantes. Mesmo assim, as autoridades de saúde acham que oferecer uma forma mais segura de tabaco poderia erroneamente enviar a mensagem de que é saudável consumi-lo. Graças a essa visão, a venda do snus é ilegal fora da Suécia. Pode parecer estranho chupar um saquinho de tabaco, mas a estranheza não é maior do que a que tiveram os europeus quando viram os índios soltando fumaça pela boca.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Vencedora do "BBB 17"


Vencedora do "BBB 17", Emilly Araújo vai ter sua grande oportunidade como atriz. A gaúcha de 20 anos está gravando uma participação no novo humorístico da TV Globo, "Os trapalhões". Emilly começou a gravar o programa há duas semanas, no Projac, nos estúdios da TV Globo. Nesta quarta-feira, ela mostrou que já está integrada com o elenco ao almoçar com parte dele, como Mussunzinho e Nego do Borel. A ex-BBB também fez graça com Renato Aragão, que interpreta Didi, o protagonista do seriado, que terá ainda Dedé Santana, Bruno Gissoni, Lucas Veloso e Gui Santana. A irmã gêmea de Emilly, Mayla, também fará uma ponta no seriado. extra.globo.com/famosos

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Tereza


Wilson Simonal de Castro nasceu no Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 —e morreu em São Paulo, 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970, chegando a comandar um programa na TV Tupi, Spotlight, e dois programas na TV Record, Show em Si... Monal e Vamos S'imbora, e a assinar o que foi considerado na época o maior contrato de publicidade de um artista brasileiro, com a empresa anglo-holandesa Shell. Cantor detentor de esmerada técnica e qualidade vocal, Simonal viu sua carreira entrar em declínio após o episódio no qual teve seu nome associado ao DOPS, envolvendo a tortura de seu contador Raphael Viviani. O cantor acabaria sendo processado e condenado por extorsão mediante sequestro, sendo que, no curso deste processo, redigiu um documento dizendo-se delator, o que acabou levando-o ao ostracismo e a condição de pária da música popular brasileira. Seus principais sucessos são "Balanço Zona Sul", "Lobo Bobo", "Mamãe Passou Açúcar em Mim", "Nem Vem Que não Tem", "Tributo a Martin Luther King", "Sá Marina" (que chegou a ser regravada por Sérgio Mendes e Stevie Wonder, como "Pretty World"), "País Tropical", de Jorge Ben, que seria seu maior êxito comercial, e "A Vida É Só pra Cantar". Simonal teve uma filha, Patrícia, e dois filhos, também músicos, Wilson Simoninha e Max de Castro. Em 2012, Wilson Simonal foi eleito o quarto melhor cantor brasileiro de todos os tempos pela revista Rolling Stone Brasil. Filho de Maria Silva de Castro, uma cozinheira e empregada doméstica mineira, e do também mineiro Lúcio Pereira de Castro, radiotécnico que havia se mudado com sua mulher para o Rio de Janeiro, Simonal recebeu esse nome em homenagem ao médico que realizou o parto. Mas, por obra de seu pai, o que deveria ter sido Roberto Simonard de Castro acabou tornando-se Wilson Simonal de Castro. Estudou em colégio católico chegando inclusive a ter aulas de canto orfeônico ao participar do coral mudando-se após para um colégio público. Na praça Antero de Quental, onde jovens se reuniam para passar os fins de semana, chegou a causar algum rebuliço cantando sucessos da época em inglês. Ali conheceu Edson Bastos, filho da pianista Alda Pinto Bastos, que lhe ensinou a tocar violão e piano e com quem pretendia formar um conjunto musical. Mas os planos de formar um grupo musical foram interrompidos quando Simonal foi chamado para servir no 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM) e neste quartel, que era famoso pelo seu time de futebol e pela sua banda, Simonal aprendeu a comandar platéias, já que era chefe da torcida do time do quartel, além de ter participado de vários bailes como cantor: “ Percebi que podia dominar o público. Como, nem sei explicar direito. Descobri o valor da entonação e aprendi que há um segredo na maneira de falar, na maneira de olhar, na maneira de se portar. Quando não gritava, me impunha com o olhar, naturalmente. Em 1960, Simonal deu baixa do exército como sargentoe, juntando-se ao irmão Zé Roberto e aos amigos Marcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, adotaram o nome de Dry Boys. O conjunto durou até os primeiros meses de 1961, quando se apresentaram no programa Clube do Rock de Carlos Imperial, na TV Tupi. Depois da apresentação tentaram um contrato com uma gravadora, por intermédio de Imperial, mas foram recusados. Isto levou o grupo ao fim, com Simonal seguindo carreira solo sob a proteção de Imperial, tornando-se também crooner do Conjunto Guarani, se apresentando como o "Harry Belafonte brasileiro", uma alusão ao Rei do calipso americano". Com o fim dos Dry Boys, Simonal ficou sem ter onde morar, já que morar na casa da sua mãe em Areia Branca e trabalhar na Zona Sul não era possível. Carlos Imperial contratou-o como seu secretário, ao lado de Erasmo Carlos, e arranjou um modo de Simonal morar na casa de Eduardo Araújo que, ainda adolescente, morava em uma quitinete alugada pelo seu pai, no Catete. Nesta época, Simonal chegou a substituir Cauby Peixoto em uma apresentação na antiga Rádio Nacional carioca, conseguindo um contrato. Entretanto, a estada na casa de Eduardo Araújo não é longa e Simonal logo se muda para um apartamento de Imperial. Numa das apresentações do Clube do Rock conhece Tereza Pugliesi, que viria a ser sua esposa, e começa a namorá-la. No mesmo ano torna-se crooner da boate Drink, pela qual chega, inclusive, a gravar duas faixas para um LP que só sairia em 1962.A sua exposição na boate lhe rende um contrato com a gravadora Odeon pela qual lançaria, em dezembro de 1961, seu primeiro compacto com "Terezinha", um Chá-chá-chá de Imperial em homenagem a namorada de Simonal, e "Biquínis e Borboletas". Ainda em dezembro, troca a Drink pela boate Top Club. Nos anos de 1962 e 1963, sua gravadora lançaria mais três compactos de Simonal de modo a testar sua receptividade em diferentes estilos musicais, antes de lançar seu disco de estréia em novembro de 1963, Tem "Algo Mais". Neste disco está "Balanço Zona Sul", seu primeiro sucesso nas rádios. Pouco antes do lançamento do álbum, casaria com Tereza Pugliesi (já grávida do primeiro filho do casal), em 24 de outubro de 1963. O álbum e a música lhe dão maior exposição, provocando um convite da dupla Miele & Bôscoli para que ele deixasse o Top Club e passasse a se apresentar nos shows que eles organizavam, conhecidos como "pocket shows", no Beco das Garrafas. Simonal aceita e participa de várias apresentações entre o início de 1964 e meados de 1965. “ quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis. ” No dia 6 de abril de 1964 nasce seu primogênito, Wilson Simonal Pugliesi de Castro. Em julho de 1964, lança mais um compacto com "Nanã" e "Lobo Bobo", recebendo boa acolhida nas rádios e abrindo espaço para a gravação do seu segundo álbum, A Nova Dimensão do Samba, ainda considerado por muitos como o melhor disco da carreira de Simonal. No final de 1964, chega a excursionar quarenta dias com a dançarina Marly Tavares e o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas, pela Colômbia com o show "Quem Tem Bossa Vai à Rosa", o primeiro de Miele & Bôscoli que havia sido pensado para um teatro de verdade, isto é, fora do circuito do Beco das Garrafas. O sucesso no Beco e com as músicas gravadas trazem o interesse da TV Tupi em produzir um programa apresentado por Simonal. Assim, em janeiro de 1965 assina contrato para apresentar o programa Spotlight, mudando-se para São Paulo. O programa era uma tentativa de tocar músicas de modo mais "sofisticado" e com arranjos mais próximos ao jazz americano da época, de Miles Davis e Gil Evans. Por isso, todos os seus lançamentos nesse ano seguem essa linha. Assim são o álbum auto intitulado de março de 1965, o compacto do mesmo mês, o compacto duplo de julho de 1965 - acompanhado pelo Bossa Três e no qual Caetano Veloso foi lançado como compositor com sua música, "De Manhã" e o seu quarto álbum, S'imbora. Exemplo disso são os arranjos de, entre outros, Eumir Deodato e J.T. Meirelles. Foi nessa época que defendeu "Rio do Meu Amor", de Billy Blanco e "Cada vez mais Rio" de Luís Carlos Vinhas e Ronaldo Bôscoli, no I Festival da Música Popular Brasileira, da Tv Excelsior. Simonal se mostrava antenado com a música que estava sendo feita no país. Além de ter sido o segundo a gravar Caetano Veloso - sua irmã, Maria Bethânia, já o havia gravado, mas Simonal era mais conhecido - foi o segundo a gravar Chico Buarque, apenas depois de Geraldo Vandré (que havia defendido "Sonho de um Carnaval" em 1965), mas antes de Nara Leão, frequentemente lembrada por ter sido quem lançou o compositor carioca. Também foi o primeiro a gravar Toquinho, defendo uma canção sua, "Belinha", no III Festival da Música Popular Brasileira, de 1967. Em janeiro de 1966, acabou o contrato de Simonal com a TV Tupi e ele não queria renová-lo. Ao invés disso, assinou com a TV Record que era o maior canal de TV brasileiro desde 1965, graças aos seus programas musicais, em especial O Fino da Bossa, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues e que era o reduto da Bossa Nova e da canção de protesto, e ao programa Jovem Guarda, comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa e propagador do iê-iê-iê. Logo no início, Simonal já passou a ser uma atração fixa no programa de Elis e Jair Rodrigues, mas participava também do programa dos jovem guardistas, algo que só ele e Jorge Ben faziam. Neste ano, lançou mais dois compactos em abril e maio de 1966, sendo que o segundo, "Mamãe Passou Açúcar em Mim", gravado para a trilha sonora do primeiro filme d'Trapalhões (Na Onda do Iê-iê-iê) e com a banda The Fevers acompanhando o cantor, estourou nas rádios e foi o maior sucesso de Simonal até então. Na onda desse novo sucesso, em agosto de 1966, Simonal firma uma parceria com o Som Três, formado por Toninho na bateria, Sabá no baixo e César Camargo Mariano no piano, para que o grupo o acompanhasse na carreira solo e no seu futuro programa que deveria estrear ainda aquele ano. A ideia de Simonal e César Camargo Mariano era misturar bossa nova, samba, a nascente música soul americana, o jazz, a música de protesto e o rock que se fazia por aqui na época sem perder a qualidade, mas fazendo um som que eles definiam como "mais comunicativo", isto é, que se comunicasse melhor com as massas do que a bossa nova. Este novo som seria chamado futuramente de pilantragem, uma mistura de samba, iê-iê-iê e soul, constituindo-se em verdadeiro movimento, capitaneado por Wilson Simonal, Carlos Imperial e Nonato Buzar. Em janeiro de 1970, Simonal excursionou pela Europa como embaixador do FIC daquele ano e aproveitou para promover a sua própria carreira além-mar, tendo conseguido que todos os nove músicos que compunham sua banda (o Som Três mais os "metais com champignon", como o cantor chamava o naipe de metais) acompanhassem a comitiva. Apresentou-se no Midem, na França, na TV RAI da Itália, chegando a gravar uma versão em italiano de "País Tropical" para ser lançada naquele país, e também na televisão portuguesa. Ao voltar ao Brasil, gravou o novo hino do FIC, composto por Miguel Gustavo e acompanhado por uma banda regida por Lyrio Panicali. Após temporada na boate Sucata no início do ano, Simonal e sua banda (o único músico que não foi junto foi o baterista Toninho, substituído por Victor Manga, da banda "A Brazuca") embarcaram para o México em maio de 1970 para acompanhar a Seleção Brasileira de Futebol na Copa do Mundo daquele ano. Antes da viagem, na qual faria apresentações na boate El Dorado, em Guadalajara, e uma temporada de quarenta e cinco dias no hotel Camino Real, Simonal deixou gravadas quatro músicas para o lançamento de um compacto duplo em junho daquele ano, contendo, entre outras, "Aqui É o País do Futebol" de Milton Nascimento e Fernando Brant, para que pudesse se ausentar do país deixando algo pra ser lançado. Lá, o cantor conquistou o povo mexicano, em uma estratégia planejada por João Havelange para que a equipe se sentisse em casa, e participou ativamente da vida do time, conseguindo acesso livre à concentração, além de ter chegado a lançar um álbum em solo mexicano, México '70, que viria a ser lançado no Brasil apenas quarenta anos depois. Em 24 de junho de 1970, estreou o filme É Simonal, indo na onda dos filmes com músicos que existiam à época. Dirigido por Domingos de Oliveira, que havia dirigido o sucesso Todas as Mulheres do Mundo, contava com produção de César Thedim e com a atriz Irene Stefânia, além de participações especiais de Marília Pêra, Jorge Dória, Milton Gonçalves, Ziembinski e trilha sonora de Erlon Chaves. O filme naufragaria nas bilheterias em 1970, devido ao fato de ter que competir com Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa, maior bilheteria do ano no Brasil, e, depois, com Let It Be, dos Beatles. Em 1971, no seu relançamento, o filme não conseguiria atrair boas bilheterias novamente, devido a aparição de Simonal nas páginas policias. No dia 19 de agosto, Simonal e sua banda entraram em estúdio e gravaram o que ele chamava de "músicas nativistas",e que incorporavam uma visão ufanista do país. Assim, além do hino do FIC, gravado mais cedo aquele ano, incluíam também "Que cada um Cumpra o seu Dever", do próprio cantor, e "Brasil, Eu Fico" e "Resposta", ambas de Jorge Ben Jor. Esta última canção era uma resposta à "Paris Tropical", de Juca Chaves, canção esta que, por sua vez, era uma sátira à "País Tropical". O contrato com a Shell previa, mensalmente, "shows em rede nacional de altíssima qualidade", entretanto, o único destes shows ocorreu em setembro de 1970 quando Simonal recebeu Sarah Vaughan para um concerto acompanhado do Som Três, da banda da Tupi (regida por Erlon Chaves), e do conjunto de Sarah (John Donald Abne no piano, Gene Perio no baixo e Jimmy Cobb na bateria). No show os dois cantaram vários clássicos, incluindo um dueto em "The Shadow of Your Smile", para encerrar. A transmissão ocorreu no dia 20, um domingo, durante o programa de Flávio Cavalcanti, contando ainda com a dupla Miéle e Bôscoli na produção. Nos últimos meses Simonal vinha preparando um álbum, em sua cabeça, que deveria chamar-se Samba Soul, tendo, inclusive, músicas já reservadas para o cantor, como "Atropelado Bacharel", de Marcos Valle, e "Mano Caetano", que Jorge Ben havia feito para Caetano Veloso, que se encontrava exilado. Entretanto, devido à falta de foco em música (o Som Três estava em franca desaceleração, fazendo cada vez menos shows e gravando cada vez menos), o álbum acabou virando lenda. Para ter um álbum para lançar ainda aquele ano, o cantor e sua banda entraram em estúdio em outubro e, em apenas três dias, gravaram o que seria o álbum Simonal, considerado por alguns como um dos melhores de sua carreira, devido a sua despretensão, entrosamento e coesão, afinal, havia sido praticamente gravado ao vivo em estúdio. O álbum foi lançado em dezembro daquele ano, juntamente com o compacto contendo "A Tonga da Mironga do Kabuletê", que seria a última música de Simonal arranjada por César Camargo Mariano e o último no qual o compositor era acompanhado pelo Som Três. Para o lançamento do álbum, Simonal estrearia um show no Canecão, produzido pela dupla Miele & Bôscoli, que seria o último com a participação do Som Três e o último de sua fase de sucesso. O nome seria Simona/Simonal, concebido pela dupla fazendo uso da velha dicotomia entre o "Simonal" sofisticado, cantor de bossa nova, e o "Simona" pilantra: o showman, o entertainer. Uma semana antes da estréia é que o Som Três e César Camargo Mariano foram avisados que o espetáculo aconteceria, tendo sido chamados para ensaiar as músicas já arranjadas por Erlon Chaves, já que o show contaria também com a presença da banda Veneno. Neste ensaio, Simonal recusou todas as músicas arranjadas pelo maestro, com a exceção da abertura e do encerramento (nas quais ele não cantava).Então, César Camargo teve apenas quatro dias para rearranjar tudo e, as duas bandas, mais dois dias para ensaiar aqueles novos arranjos a tempo da estréia. No final, deu tudo certo e o espetáculo foi um sucesso de público e crítica, ficando em cartaz até fevereiro de 1971. No dia 22 de abril de 1971, Simonal estava participando da gravação programa Som Livre Exportação, da Rede Globo. O programa consistia em uma espécie de festival itinerante pelo país que era gravado e editado para transmissão na televisão. A gravação ocorria em Brasília quando, um pouco antes de entrar no palco, Simonal brigou com César Camargo Mariano nos bastidores e este último voltou para o hotel para fazer as malas e viajar pra São Paulo, dando por encerrada a parceria de sucesso. Simonal acabaria apresentando-se com a Banda Veneno de Erlon Chaves e César Camargo viraria pianista e arranjador de Elis Regina, com quem acabaria se casando. A acusação de extorsão mediante sequestro pegou a carreira de Simonal em um momento delicado de redefinição: alguns críticos[3][6] acreditam que Simonal fazia o movimento de guinada para um estilo mais próximo ao soul e ao funk, mas este movimento nunca foi completado devido aos problemas não musicais que acabaram criando problemas musicais (como a dificuldade em arranjar repertório e apresentações).[3] Entre junho e agosto de 1971, Simonal gravou Jóia, Jóia, seu último trabalho pela Odeon e o primeiro sem o Som Três, marcando a estréia de Sérgio Carvalho como pianista e arranjador do cantor. Sem um grande sucesso radiofônico, o disco não obteve boas vendagens, tendo apenas a música "Na Galha do Cajueiro" tocado no rádio. Simonal, em busca de novos ares, resolveu abandonar a Odeon e seu empresário, Marcos Lázaro, conseguiu para o cantor um contrato com a Philips de André Midani.[15] Wilson Simonal em 1972. Em 1972, já na nova gravadora, Simonal gravou Se Dependesse de Mim. O disco, produzido por Nelson Motta, deveria ser a redenção de Simonal. Entretanto, a fama de delator que o cantor foi, progressivamente, adquirindo após o episódio do contador acabou por contaminar a reação da crítica especializada ao trabalho: os jornalistas escreviam mais sobre as atividades do cantor com o DOPS do que sobre o disco. Ainda assim, o álbum vendeu 14 mil cópias, volume considerado baixo para um artista popular como Simonal (esperava-se que vendesse pelo menos 100 mil cópias), mas comparável ao que vendiam Caetano Veloso e Os Mutantes, por exemplo. Assim, a ideia da gravadora para melhorar as vendagens foi "reenquadrar" o cantor como um cantor de partido-alto ou de sambão ou samba-jóia,já que o samba vivia um bom momento, com Martinho da Vila, Clara Nunes, Beth Carvalho, Benito di Paula e a dupla Antônio Carlos e Jocáfi. Jair Rodrigues havia feito o mesmo movimento com muito sucesso (cantando "Festa para um Rei Negro") e o resultado parecia, para a gravadora, promissor. O disco lançado deste "reenquadramento" é Olhaí, Balândro... É Bufo no Birrolho Grinza!, lançado em novembro de 1973, e, embora não seja considerado ruim musicalmente, mostra a patente falta de convicção dos músicos: o maestro Sérgio Carvalho não conseguia fazer valer a sua opinião (e a dos músicos) e isso dava em um resultado muito frouxo musicalmente.Apesar disto, o álbum teve uma música que chegou às rádios populares ("Dingue li Bangue") e vendeu mais do que o seu antecessor (21 mil cópias).

quarta-feira, 10 de maio de 2017

DIA DAS MÃES


Dia das Mães, também designado de Dia da Mãe, é uma data comemorativa em que se homenageia a mãe e a maternidade. Em alguns países é comemorado no segundo domingo do mês de maio (como no Brasil e na Irlanda). Em Portugal é comemorado no primeiro domingo do mês de Maio.
Origem A mais antiga comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. A Enciclopédia Britânica diz: "Uma festividade derivada do costume de adorar a mãe, na antiga Grécia. A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos de março, em toda a Ásia Menor." [1][2] Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 os Mothers Days Works Clubs com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Em 1870 a escritora Julia Ward Howe (autora de O Hino de Batalha da República) publicou o manifesto Mother's Day Proclamation, pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Direitos de greve


A Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo sobre os interesses que devam por meio dele defender. LEGITIMIDADE DO EXERCÍCIO DA GREVE Considera-se legítimo o exercício de greve, com a suspensão coletiva temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação de serviços, quando o empregador ou a entidade patronal, correspondentes tiverem sido pré-avisadas 72 horas, nas atividades essenciais e 48 horas nas demais. DIREITO DOS GREVISTAS São assegurados aos grevistas: O emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem a greve; A arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento. PROIBIÇÕES Os meios adotados por empregados e empregadores em nenhuma hipótese poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem. A empresa não poderá adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento. A manifestação e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa. "Na verdade esses direitos de greve é uma tremenda furada, nesse pais somente alguns tem direito a greve, maioria da população não pode nem sonhar em ficar em casa, por que tudo que vc viu ai sobre direitos não são cumpridos, reparem que quem faz greve são aqueles que deixam sempre a população na mão, eles são dos serviços publicos, jamais poderiam fazer greve, por que só eles podem?"