terça-feira, 14 de setembro de 2010

Conheço uma mulher, já quase cinqüentona, 
que passou boa parte da sua vida apaixonada 
pelo primeiro namorado. Eles tiveram um romance 
caliente lá nos seus 18 anos, depois se separaram
e cada um tomou seu rumo. Ele casou e teve filhos,
ela casou e teve filhos. Nas raras vezes em que se
cruzavam pelas ruas da cidade, cumprimentavam-se, 
perguntavam como andava a vida de um e de outro, 
mas nada além disso. A verdade é que ela preservou
o sentimento que tinha por ele por muitos anos,
mesmo sendo feliz no seu casamento. Era um amor
de estimação. Até que esse amor, tão sem ressonância,
tão sem retribuição, tão sem aditivos, um dia evaporou.
Perdeu o prazo de validade. Expirou.

Dia desses esta mulher recebeu um telefonema. 
Era ele. Oi, tudo bom? Há quanto tempo? 
Trivialidades de quem não se fala há anos. 
Ela perguntou: o que você conta? 
Ele respondeu que estava ligando para dizer uma única coisa:EU TE AMO
Ela agradeceu o telefonema, desligaram e ambos
seguiram suas vidas. Conversando com ela sobre isso,
senti sua felicidade e desilusão ao mesmo tempo.
Felicidade, logicamente, por ter deixado marcas
profundas no coração dele: nem em sonhos ela imaginou
que ele também tivesse levado esse sentimento tão adiante.
E a tristeza veio da falta de ressonância, mais uma vez.
Por que a demora? Por que a falta de sincronia?
Como teria sido se ele houvesse dito isso alguns anos antes?
Agora já não adiantava.



"esta a historia que recebi.
Acho que devenos fazer tudo que temos
vontade... Pq o tempo passa muito rapido..
Estamos aqui na terra de passagem...
Somos espiritos vivendo uma experiencia
terrena....
Logo, logo não estaremos mas aqui"...



DE: LIDIA OLIVEIRA