terça-feira, 18 de maio de 2010

Mulher processa empresa telefônica por ter revelado que ela tinha amante


Ela pede 600 mil dólares canadenses (R$ 1,045 milhão) de indenização.
Empresa diz que não pode ser considerada responsável pela separação.

Do G1, em São Paulo
A canadense Gabriella Nagy, de 37 anos, entrou com um processo contra a companhia telefônica "Rogers Communication", no qual pede 600 mil dólares canadenses (R$ 1,045 milhão) de indenização, porque a empresa teria revelado que ela tinha um amante.
Mulher deu entrevista à 'CTV News', mas não mostrou o rosto.Mulher deu entrevista à 'CTV News', mas não mostrou o rosto. (Foto: Reprodução)
Em entrevista à emissora "CTV News", Gabriella disse que teve um caso rápido, que acabou descoberto por seu marido depois que a empresa telefônica mandou para sua residência uma "conta global", incluindo os dados de seu celular.
O marido notou que sua mulher havia feito várias ligações para um mesmo número de telefone. Ele decidiu ligar para checar e a outra pessoa que atendeu revelou que teve um caso com Gabriella. Na ação, ela destaca que o marido usou informações confidenciais para descobrir sua infidelidade.
No processo, Gabriella alega invasão de privacidade e quebra de contrato por parte da companhia telefônica, já que, sem sua autorização, a "Rogers Communication" decidiu incluir os gastos de seu celular em uma conta global do casal.
Ela tinha uma conta de celular, em que a fatura mensal era enviada para seu endereço residencial em seu nome de solteira, enquanto seu marido tinha a TV a cabo em seu nome. Em junho de 2007, depois que ele adquiriu também os serviços de Internet e telefonia fixa, a empresa enviou uma única conta para o casal, incluindo a fatura do celular de Gabriella e os demais serviços.
A mulher afirma que a companhia rescindiu unilateralmente o contrato de celular e o incluiu na conta do marido. Ela diz ainda que seu nome de solteira e o sobrenome do marido eram diferentes e, portanto, a decisão da empresa foi tomada sem o seu conhecimento.
Em sua defesa, a "Rogers Communication" disse que não pode ser considerada responsável pelo fim do casamento da cliente.