sábado, 10 de novembro de 2012

A História do Riacho Grande


A área ocupada atualmente pelo Distrito do Riacho Grande foi, desde o século XVI, atravessada por caminhos que ligavam o planalto ao litoral paulista, sediando as pousadas e ranchos, hoje desaparecidos, que serviam aos viajantes. A antiga Vila do Riacho Grande, da qual se originou a sede do atual distrito, se formou nas proximidades da Estrada Velha de Santos a partir da linha colonial do Rio Grande, área que, assim como boa parte de todo o distrito, desde 1927, está parcialmente ocupada pelas águas da Represa Billings.
No final do século XIX, além da linha do Rio Grande, o governo imperial instalou na região do atual distrito as linhas coloniais de Bernardino de Campos, Campos Sales, Rio Pequeno, Voluntários da Pátria, Capivari e Curucutu, sendo que as três últimas deram origem aos bairros de mesmo nome. Dessa maneira, os imigrantes europeus que se instalaram nestes núcleos, deram início à efetiva ocupação da região, dedicando-se inicialmente à extração da madeira e à venda de carvão. Logo depois a região se transformaria no berço da indústria moveleira são-bernardense, sediando as primeiras fábricas de móveis e serrarias.
Localiza-se também na região o Bairro dos Finco, estabelecido a partir do local onde se instalou, em 1889, a família do italiano Fortunato Finco. Ali, construiria uma serraria, posteriormente transformada em fábrica de cadeiras.
Criado oficialmente em 1948, o Distrito do Riacho Grande abriga atualmente, além do bairros Rio Grande (sede) e Finco, os dez bairros rurais de São Bernardo do Campo: Alto da Serra, Capivari, Curucutu, Imigrantes, Rio Pequeno, Santa Cruz, Tatetos, Taquacetuba, Varginha e Zanzalá. 24 de Dezembro , é a data da comemoração da criação do Distrito de Riacho Grande, foi estabelecida através da Lei nº 5448 de 09 de novembro de 2005 pelo prefeito Willian Dib, a citada lei determina que as comemorações ocorram, preferencialmente nos primeiros dias de Dezembro. Devido ao intenso desenvolvimento experimentado pela região metropolitana paulista no início do século XX, era necessário um aumento na oferta de energia elétrica. Os engenheiros de São Paulo Railway, Light & Power Co., empresa que tinha concessão para exploração de energia elétrica na região, decidiram então utilizar o desnível de mais de 700 metros da Serra do Mar para a construção de uma usina hidrelétrica em sua base.
A maioria dos rios existentes na região não corriam em direção ao mar, como seria desejável para seu aproveitamento hidrelétrico. Assim, fez-se necessária sua inversão e represamento, obra que ficou a cargo do engenheiro Asa White Billings, especialista no assunto. Uma vez represadas, as águas dos rios Grandes e das Pedras seriam então conduzidas por túneis ligados à Casa das Válvulas, de onde partiam os tubos adutores que atingiam Cubatão, já ao nível do mar. Esta primeira etapa do projeto, que originou o reservatório do Rio das Pedras, começou a operar em 1926, com uma potência de 44 mil KW. Logo em seguida foi iniciada a construção dos diques e barragens do reservatório que hoje leva o nome de Billings. Este seria majoritariamente alimentado por outros rios da bacia do Tietê, como o Pinheiros, e inundaria, até a década de 40, uma área de 121 Km2.
Retendo até 1,2 bilhões de metros cúbicos de água, a represa Billings alimenta através de um canal de 1,8 Km de comprimento, o reservatório do Rio das Pedras, na orla da serra, onde estão as tomadas de água na Usina Henry Borden. Atualmente, a capacidade total de produção do complexo é de 890 mil KW e a represa possui mais de 1 trilhão de litros d'água.
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