Toda vez que o ”Globo de ouro”, de volta há um mês no Viva, anuncia o primeiro lugar das paradas de sucesso dos anos 80, o nome Kátia fica entre os mais comentados das redes sociais. A cantora acompanha toda essa grande repercussão pelos seus perfis no Twitter e Facebook, através de um sistema que transforma o texto em áudio para deficientes visuais, que ela mesma se dedicou a desenvolver durante essas duas décadas que ficou afastada da TV. É por ele que ela acompanha as notícias que saem a seu respeito, que não são poucas, já que todos querem saber por onde anda a cantora apadrinhada por Roberto Carlos e dona de sucessos como “Lembranças” e “Qualquer jeito”, mas conhecida pelo refrão “Não está sendo fácil”.
“Nunca parei de cantar”, frisa Kátia. “Sou cantora e sobrevivo disso. Houve, sim, um tempo em que me dediquei mais aos meus projetos sociais para deficientes visuais e coloquei a música em segundo plano, mas sempre fiz shows por todo o país”.
Kátia faz em média de seis a oito shows por mês, transitando entre capitais do nordeste e sudeste. Há quatro meses, chegou a atrair três mil pessoas na Quinta da Boa Vista, no Rio, onde cantou músicas dos seus 14 discos. E o olha que o “Globo de ouro” nem havia começado a ser reprisado. Agora, a coisa muda de figura. Os pedidos para que ela volte a se apresentar na TV são muitos. “Estava com saudade da Kátia. Não está sendo fácil”, brinca uma fã que passeia pelo Jardim Botânico e interrompe a sessão de fotos desta reportagem. A cantora quer muito, e aproveita para avisar que já está preparando um DVD em grande estilo, com seus maiores sucessos e participações especiais. “Devemos lançar ainda esse ano”, diz.
Mas se continuou cantando, porque ficou tanto tempo afastada da TV? “Nunca topei aparecer na TV apenas por aparecer. Sem ter uma música nova, ou um propósito. Também não quero que as pessoas me convidem por causa da minha deficiência”, justifica Kátia, que prefere (mas não se incomoda) não ser chamada de Kátia, a cega. “A entonação que se dar, muitas vezes é de forma pejorativa. E isso é uma forma de discriminação”, justifica.
Dos 34 anos de carreira – a idade, ela não revela (“Sou mais velha que ontem e mais nova que amanhã”, diz) -, seis ela conta com a companhia de dois anjos da guarda: Lurdinha e Robson, que a acompanham em todos os lugares. “Temos uma relação de amizade, de confiança, carinho e respeito, que aconteceu antes da relação profissional”, revela a artista, que a cada minuto recorria aos dois para saber se estava ficando bonita nas fotos. “Se não estiver legal, temos liberdade pra dizer”, diz Robson, seu empresário.
Kátia não chega a ser uma mulher vaidosa. Vai ao salão de cabeleireiro de quinze em quinze dias, gosta de usar anéis, brincos e pulseira, e não dispensa um batom, um jeans e um couro. Solteira por opção, divide o apartamento que possui no Rio com os pais aposentados, Waldir e Armênia. A cantora também possui uma residência própria na Região dos Lagos. Quando está na capital, sempre dá um jeitinho de visitar o seu padrinho Roberto Carlos nos camarins de seus shows. “Nosso último encontro foi no aniversário dele, mês passado. Fui dar um abraço no Rei”, lembra.
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