quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SILVIO SANTOS VEM AI ...


No início dos anos 70, a Revista Melodias (a mesma que fez a fotonovela com Silvio Santos e também publicou-o careca), levou as bancas uma das publicações mais curiosas sobre o homem do baú. Trata-se de uma "biografia" muito diferente: em forma de quadrinhos. Na época, era anunciada como "A Vida de Silvio Santos em Foto-Tape".



A publicação trás momentos marcantes de Silvio Santos, de maneira ilustrada, desde seu nascimento, na Travessa Bem-Te-Vi, na Lapa-RJ, sua infância, sua vida de camelô, algumas aventuras no exército, passagens pelas rádios, até conhecer Manoel de Nóbrega e ir para a televisão.

Com ótima ilustração de Mário Silvio Cafiero e Sérgio Lima e textos de Rubens Luchetti, as últimas páginas são complementadas com fotos de Silvio Santos na época, nos programas Cidade x Cidade e alguns quadros de prêmios, com fotos de seu irmão, Léo Santos (que na época apresentava alguns quadros do Programa Silvio Santos) (fotos de Moacir dos Santos e Dirceu Barreira).
Silvio Santos Galã de Fotonovela

Na década de 60, a Revista Melodias, do jornalista Plácido Manaia Nunes, foi responsável por um dos fatos mais interessantes da carreira de Silvio Santos: a fotonovela "Quando Nasce o Amor", reunindo Silvio Santos, interpretando a ele mesmo (um jovem bem-sucedido animador de TV) e Wanderléa, a rainha da Jovem Guarda, interpretando Neide, uma moça tímida que sonhava em aparecer na TV, se revelando uma cantora. No meio dessa trama quase mexicana, o dublê de empresário e animador de auditório (ainda com cabelos negros) faz brotar a serelepe cantora que a tímida Neide tinha dentro de si. Após muitas tentativas de encorajar a moça a vencer suas dificuldades e brilhar na TV, Silvio acaba descobrindo o desejo e afeto pela sua protegida.

Na capa da revista, aparecem Silvio e Wanderléa abraçados, com a manchete: "A VERDADE SOBRE SILVIO SANTOS E WANDERLÉA", o que acabou gerando muito rumor na época, pois pensavam que se tratava de uma história real.

Neymar de Barros, ex-diretor de Programas do SBT, diz que passou mais de 1 mês tentando convencer Silvio Santos a ser fotografado para uma fotonovela, pois na época (década de 60) pessoas famosas e galãs em evidência estavam fazendo este tipo de trabalho. Após muita insistência, o Silvio topou. Apesar do sucesso da revista, a seção de fotos foi um desastre. Na hora em que ele devia chorar, ele ria, quando devia aparecer dormindo, abria um olho, aparecia com a boca escondida porque estava rindo etc. "Apesar de tudo isso, valeu a pena pois foi uma experiência diferente", diz.


Silvio Mostra a Cara


Em 1961, o Baú prosperava tanto que o apresentador passou a chamar a atenção. Um deputado resolveu patrociná-lo na antiga TV Paulista.

Silvio chegou ali como quem não quer nada. O primeiro programa, ainda na TV Paulista, chamava-se Vamos Brincar de Forca e era baseado na manjada brincadeira em que os concorrentes são vão sendo enforcados à medida que erram a resposta. Era apresentado à noite, em 1961. Foi um sucesso.

No ano seguinte, o dono da TV Paulista, Vitor Costa, estava interessado em lançar um programa de variedades do meio-dia às 14h, aos domingos. Numa só tacada, Silvio estreou vários quadros no domingo, em meados de 1962. Entre eles, Cuidado com a Buzina, Só Compra Quem Tem, Rainha por um Dia, Partida de 100 e Pergunte e Dance. Não foi difícil se transformar no dono do domingo.

Em 1966, quando Roberto Marinho comprou a TV Paulista, Silvio foi mantido com seu programa dominical. Fechou um contrato por cinco anos. Ele era o dono do horário, e nunca foi empregado.

O ano de 1968 foi um que, em particular, nunca deveria ter acabado para Silvio. Os índices de audiência o elevavam à condição de estrela da emissora. Aos domingos, era o rei, e imperava do meio-dia às 20h com os programas: Show de Calouros; Show da Loteria; Vamos Fazer Média; Disco de Ouro; Quem Sabe Mais, o Homem ou a Mulher?; Sinos de Belém e Boa Noite, Cinderela.



O programa que mais preocupava a produção era Sinos de Belém. As tarefas aventureiras eram executadas também por Silvio, que até subiu e desceu um prédio de 15 andares pela escada dos bombeiros. Seus colaboradores o convenceram a maneirar. Silvio chegou a acumular programas.


Além do sucesso na Globo, ele apresentava o Cidade Contra Cidade, que também alavancava a audiência na TV Tupi. As delegações, vindas em caravanas, disputavam olimpíadas de provas no ar. No palco global, o apresentador contava com as Silvetes. Eram as assistentes, que se destacavam pela beleza.
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