terça-feira, 17 de abril de 2012
Mais rápido que uma bala.
Mais forte que uma locomotiva
Capaz de saltar sobre os prédios mais altos com um simples pulo.
Olhem !
Lá no céu !
É um pássaro !
É um avião !
Não ! É o Super-Homem !
Sim, é o Super-Homem - estranho visitante de outro planeta, que veio à Terra, com poderes e habilidades muito superiores às de qualquer mortal - Super-Homem - pode mudar o curso do rio mais caudaloso, dobrar o aço com as mãos, ele que, na vida real é Clark Kent, um discreto repórter de um grande jornal de Metrópolis, trava uma batalha sem fim pela Verdade, pela Justiça e pela América.
Para compreendermos o surgimento do "Superman", precisamos antes entender o momento pelo qual a história do mundo passava:
Nos anos 30 a principal novidade na história dos "comics", foi o surgimento de um novo formato chamado "comic-book" - de certa forma uma "adaptação" quadrinizada das novelas de "pulp fiction" - revistas de grande circulação, impressas em papel barato e que se tornaram muito populares nos EUA nas décadas de 30 e 40.
Os "comic-books" foram responsáveis por alavancar a difusão do gênero, tornando-se leitura freqüente entre os soldados em campanha, vindo a se tornar linguagem comum nos manuais de instrução e treinamento de militares, Will Eisner (criador do Spirit e mestre incontestável da linguagem dos quadrinhos) foi um dos que produziu artes seqüenciais para tais propósitos.
O grande sucesso de público dos "comic-books" podia ser creditado à sua apresentação vistosa, muito colorida, amparado na enorme aceitação popular das tiras diárias nos principais jornais americanos.
Mas, sem dúvida a maior parte do sucesso se deveu ao surgimento em profusão de super-heróis nas suas páginas, que sempre apresentavam habilidades e poderes sobre-humanos.
O mais importante e que recebeu acolhida e congregou legiões de fãs, foi sem dúvida o "Superman", que surgiu numa noite abafada de verão em 1933, quando Jerome (Jerry) Siegel (1914 - 1996) então aos 19 anos, rolava na cama imaginando um personagem, fruto de suas leituras dos "pulps" que regulamente devorava com extrena avidez. Naquela época era fã do detetive "O Sombra" e de "Doc Savage" o grande sucesso das histórias de aventura. Mas, Jerry era apaixonado mesmo pelas histórias de ficção científica.
Jerry tinha um amigo de escola, excelente desenhista chamado Joseph (Joe) Shuster (1914-1992), que igualmente adorava os "pulps" - desenvolviam juntos um fanzine mimeografado chamado Science Fiction - Jerry escrevia, Joe ilustrava e era um tremendo sucesso entre a garotada. Na edição de janeiro de 1933, eles publicaram uma história intitulada "O Reino de Super-Homem" - o personagem principal possuía fabulosos poderes mentais, porém utilizava-os para fazer o mal. De todos os poderes imaginados para seu personagem, Jerry apenas manteve no futuro "Super-Homem", a super-visão.
Nesta época, os Estados Unidos se recuperavam da grande depresão e o mundo reconstruía-se no sentido de apagar os resquícios da primeira grande guerra - sonhar com o futuro e com tempos melhores era possível através de novas descobertas tecnológicas e principalmente pelas histórias em quadrinhos ("comics").
Por isso, naquela noite tórrida de 1933, onde o ar estava estagnado, Jerry não conseguia dormir, envolto em seus pensamentos e a observar as nuvens que passavam por sua janela, empurradas pelo vento alto, em frente da lua, ocorreu-lhe como seria bom se ele pudesse voar para ir se refrescar com o vento - Claro! Voar ! Ali nascia um dos mais famosos e importantes personagens das histórias em quadrinhos, o Super-Homem !
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