Você sabe qual a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo?
Enquanto as pessoas que sofrem de hipertireoidismo tendem a perder peso e costumam suar excessivamente, os que têm hipotireoidismo podem ganhar ou perder peso e sentir mais frio.

Hipotireoidismo e hipertireoidismo são as duas condições capazes de afetar a glândula da tireoide, que atua como um verdadeiro centro de controle do organismo. Ela é responsável por liberar hormônios que mantêm as atividades do cérebro, coração, músculos e outros órgãos funcionando corretamente, além de ajudar o corpo a usar energia da melhor forma possível.
Estamos acostumados a ouvir falar sobre esses dois nomes, mas você sabe exatamente qual a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo? Neste artigo, iremos responder esta pergunta e falar sobre as características e particularidades das duas condições. Elas afetam muito mais as mulheres do que os homens, por isso precisamos ficar atentas aos seus sintomas e diagnosticá-las o antes possível.


Hipertireoidismo
Como o próprio nome diz, o hipertireoidismo é caracterizado por uma tireoide hiperativa, que produz mais hormônios do que o necessário para manter o organismo funcionando em sua normalidade.
A quantidade extra de hormônios faz com que o metabolismo se mantenha constantemente acelerado, e pode surgir também uma protuberância ou inchaço na parte da frente do pescoço, devido ao aumento do tamanho da glândula.
Ele ocorre em aproximadamente 1% da população, sendo que as mais afetadas costumam ser mulheres entre 30 e 40 anos. Os sintomas, inicialmente, são difíceis de identificar, mas ao longo do tempo podem ficar mais fortes. Os principais deles são os seguintes:
Batimento cardíaco irregular
Perda de peso e aumento do apetite
Suor excessivo
Intolerância ao calor
Irregularidade nos ciclos menstruais
Perturbações emocionais
Inchaço na região do pescoço
Distúrbios do sono
Ansiedade e irritabilidade
Fraqueza muscular
Se você estiver experimentando alguns destes sintomas de forma recorrente, consulte um médico. Ele poderá indicar exames capazes de identificar esta condição e dar início ao tratamento, que inclui o uso contínuo de medicação e, em alguns casos mais graves, procedimentos cirúrgicos para remover parte da tireoide.
Além disso, a ingestão de alguns alimentos específicos pode ajudar a regular a sua função, reduzindo seus níveis de atividade a patamares mais normais. Eles não irão resolver o problema sozinhos, mas podem ser combinados com outras formas de tratamento para obter melhores resultados.
No caso do hipertireoidismo, é importante consumir bastante proteína vinda de carnes magras, laticínios e, principalmente, da soja. Acrescente na dieta vegetais crucíferos como a couve manteiga, couve-flor, espinafre e brócolis.
É fundamental reduzir a ingestão de alimentos que possam estimular ainda mais a ação da glândula, sendo que a principal substância capaz e fazer isso é o iodo. Por isso evite peixes, frutos do mar e algas marinhas.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo, por outro lado, é caracterizado por uma tireoide “deficiente”, que produz menos hormônios do que o necessário para que o organismo funcione corretamente.
Esta condição é um pouco mais comum do que o hipertireoidismo, afetando cerca de 3% da população. Ela também ocorre com mais frequência em mulheres, principalmente nas que têm mais de 50 anos. Muitas mulheres podem sofrer com o hipotireoidismo também no período do pós-parto.
O hipotireoidismo desacelera o metabolismo, afetando assim diferentes funções do organismo. Os sintomas também começam de forma tímida, por isso pode ser difícil perceber que há um problema com a tireoide. Fique atento se estiver experimentando os seguintes sintomas:
Falta de apetite
Ganho de peso constante, mesmo sem exagerar no consumo de alimentos
Depressão
Intolerância ao tempo frio
Redução dos batimentos cardíacos
Fadiga
Prisão de ventre
Dificuldade de raciocinar de forma clara
Retenção de líquidos
Pele pálida ou amarelada
Consulte um médico para obter um diagnóstico mais preciso e dar início ao tratamento o antes possível. Os medicamentos utilizados irão fornecer os hormônios que a tireoide não está conseguindo produzir sozinha, por isso, infelizmente, pacientes com hipotireoidismo podem precisar fazer uso de medicação específica para o resto da vida.
Também é possível combinar os remédios com hábitos alimentares saudáveis, incluindo alimentos capazes de estimular a tireoide. O principal deles é o iodo, precursor da produção hormonal da glândula, por isso aumente o consumo de peixes, frutos do mar e alga marinha, também conhecida como nori e muito usada na culinária japonesa.
É importante também evitar a ingestão de soja, já que ela contém um tipo de isoflavona capaz de inibir as funções da tireoide, exatamente o oposto do que precisam as pessoas que sofrem com o hipotireoidismo.