Na quinta, mãe de Isabella pode passar por acareação com os acusados.
Perita diz que manchas de sangue no apartamento eram da menina.
Três testemunhas foram ouvidas no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, nesta quarta-feira (24), terceiro dia de julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte de Isabella em março de 2008. O dia foi marcado pela dispensa de oito das dez testemunhas de defesa do casal e pela possibilidade de Alexandre e Anna Carolina serem colocados frente a frente com a mãe de Isabella.
Por volta das 19h, o julgamento foi interrompido pelo juiz Maurício Fossen, que, após negar, voltou atrás e deixou aberta a possibilidade de que seja feita uma acareação entre o casal e Ana Carolina Oliveira, a mãe de Isabella.
O terceiro dia do julgamento também foi marcado pelo depoimento de mais de cinco horas da perita criminal Rosângela Monteiro. Ela afirmou que as marcas da rede de proteção na camiseta de Nardoni evidenciam que foi ele quem atirou a menina pela janela.
Segundo a perita, seria impossível as marcas na camisa serem feitas de outra forma que não seja segurando um peso de 25 kg, com os braços estendidos para fora da janela. A perita também afirmou que o sangue encontrado no apartamento era da menina morta.
Alexandre Nardoni vestia camisa verde e calça jeans e Anna Jatobá, camisa rosa e calça preta. Alexandre demonstrou contrariedade em alguns momentos e em apenas duas horas de depoimento chamou seus advogados sete vezes para fazer comentários.
Mais uma vez, a avó de Isabella, Rosa Oliveira, não suportou a descrição das condições da morte da menina e deixou o plenário.
Do lado de fora, um princípio de tumulto entre pessoas que aguardavam na fila em frente ao fórum para assistir ao julgamento do casal obrigou a Polícia Militar a agir rapidamente para controlar a situação.
Primeiro depoimento
A primeira testemunha a depor nesta quarta-feira (24), no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, foi a perita criminal Rosângela Monteiro. Ela foi a responsável pela elaboração dos laudos sobre a morte da menina Isabella Nardoni em 2008. O depoimento de Rosângela começou às 10h25 e terminou às 16h50, sendo permeado por um intervalo para almoço.
Rosângela foi arrolada como testemunha tanto pela defesa quanto pela acusação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Ela disse que a menina foi ferida antes de entrar no apartamento do casal Nardoni e que já entrou sangrando. A perita afirmou ainda que o sangue encontrado no apartamento era da menina morta.
A perita afirmou também que as marcas da rede de proteção na camiseta de Nardoni evidenciam que foi ele quem atirou a menina pela janela. Para marcar a camiseta daquela forma, disse ela, a pessoa precisaria estar com os dois braços para fora da janela, segurando um peso de 25 kg. “Não basta encostar na tela. Ele precisa jogar o peso dele sobre ela. Não tem outra hipótese”, afirmou a perita.
Alexandre Nardoni alega que a camiseta ficou marcada quando ele se apoiou na tela para olhar para baixo.
Segundo o depoimento da perita, uma mancha de sangue encontrada na porta do quarto de Isabella pode indicar a presença dos irmãos da menina no apartamento no momento em que ela foi morta.
A mancha de sangue foi feita com as pontas do dedo, a uma altura abaixo da maçaneta da porta do quarto. “Posso concluir, portanto, pela altura, que se trata de mãos de criança”, disse a perita.
Segundo ela, não foi possível a identificação de a quem pertencia o sangue, mas a teoria é que um dos irmãos de Isabella tenha entrado em contato com algum respingo de sangue da menina no apartamento.
Alexandre e Anna Jatobá permaneceram impassíveis durante todo o testemunho; ele, no entanto, demonstrou mais atenção às explicações da perita do que ela.
Rosângela foi arrolada como testemunha tanto pela defesa quanto pela acusação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Ela disse que a menina foi ferida antes de entrar no apartamento do casal Nardoni e que já entrou sangrando. A perita afirmou ainda que o sangue encontrado no apartamento era da menina morta.
A perita afirmou também que as marcas da rede de proteção na camiseta de Nardoni evidenciam que foi ele quem atirou a menina pela janela. Para marcar a camiseta daquela forma, disse ela, a pessoa precisaria estar com os dois braços para fora da janela, segurando um peso de 25 kg. “Não basta encostar na tela. Ele precisa jogar o peso dele sobre ela. Não tem outra hipótese”, afirmou a perita.
Alexandre Nardoni alega que a camiseta ficou marcada quando ele se apoiou na tela para olhar para baixo.
Segundo o depoimento da perita, uma mancha de sangue encontrada na porta do quarto de Isabella pode indicar a presença dos irmãos da menina no apartamento no momento em que ela foi morta.
A mancha de sangue foi feita com as pontas do dedo, a uma altura abaixo da maçaneta da porta do quarto. “Posso concluir, portanto, pela altura, que se trata de mãos de criança”, disse a perita.
Segundo ela, não foi possível a identificação de a quem pertencia o sangue, mas a teoria é que um dos irmãos de Isabella tenha entrado em contato com algum respingo de sangue da menina no apartamento.
Alexandre e Anna Jatobá permaneceram impassíveis durante todo o testemunho; ele, no entanto, demonstrou mais atenção às explicações da perita do que ela.
Pai de madrasta de Isabella afirma que casal é inocente
‘Um dias as coisas vão se esclarecer’, declarou Alexandre Jatobá.
Ele assiste ao julgamento com um terço na mão esquerda.
Ele assiste ao julgamento com um terço na mão esquerda.
O pai de Anna Carolina Jatobá, Alexandre Jatobá, afirmou no início da noite desta quarta-feira (24), ao deixar o Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, que a filha dele e Alexandre Nardoni são inocentes. Ainda no plenário do júri, ele acenou para a filha e ficou com os olhos cheios de lágrimas.
Quem chamou a atenção da ré par a pai dela na plateia foi a irmã de Alexandre, Cristiane. Jatobá falou sobre a dificuldade de só poder ver a filha à distância. “É só no olhar, no coração”, disse.
Ele segura durante todo o tempo na mão esquerda um terço, que segundo ele é de Santa Rita, comprado na Itália. “Às vezes, as pessoas acham que estamos tentando construir a inocência deles. Eu creio em Deus e um dia as coisas vão se esclarecer”, declarou.
Segundo o pai, a última vez que esteve com a filha no presídio feminino de Tremembé, no Vale do Paraíba, foi na última sexta-feira (19). Segundo ele, a filha estava apreensiva em relação ao julgamento. “O desejo dela é que a verdade apareça”, disse o pai, reafirmando que não foram os dois que mataram Isabella Nardoni.
O pai afirmou que os encontros dos pais com os netos nos presídios são maravilhosos. “É uma forma de amenizar os sofrimentos dos meus netos. Eles não deixam de ser vítimas”, concluiu.
No final da sessão desta quarta-feira, ao deixar o plenário Alexandre Nardoni virou para trás e acenou para a família. A irmã, Cristiane, chorou emocionada
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