Rosas de Ouro chama folião 'na palma da mão' para cantar samba sobre chocolate
Carro Rosas de Ouro
A Rosas de Ouro apostou num desfile com fantasias e coreografias caprichadas e tema "saboroso" para tentar conquistar o título do carnaval deste ano. Sexta escola a desfilar no primeiro dia de apresentações no Anhembi, em São Paulo, a escola procurou empolgar com o cheiro de chocolate na avenida, "paradinhas" da bateria e chamando o público "na palma da mão".
Antes da Rosas de Ouro, passaram pelo Anhembi a Imperador do Ipiranga, Leandro de Itaquera, Acadêmicos do Tucuruvi, Mancha Verde e Vila Maria.
"Este é o nosso ano. Este campeonato é nosso e ninguém vai tirar", disse o intérprete Darlan, em uma espécie de "grito de guerra" no início do desfile. No ano passado, a escola ficou em terceiro lugar.
Este ano, a Rosas de Ouro contou a história do cacau e da produção do chocolate. A escola entrou na avenida às 5h31 com 3,5 mil componentes, divididos em 22 alas. Logo nos primeiros minutos, enfrentou problemas. Alguns integrantes da comissão de frente chegaram atrasados.
A comissão representou a chegada dos espanhóis ao Golfo do México, que foram recebidos como deuses pelos povos nativos. O engano significou a morte para os nativos, os olmecas. Com isso, o cacau acabou levado para a Europa.
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Luiz Antonio Butinhão Junior e Sueli Aparecida Riça Costa, foi apelidado pelo carnavalesco da Rosas de Ouro de 'cacau-rosé'.
No abre-alas, um templo sagrado mostrou o imperador Montezuma, que tomava a bebida feita do cacau em taças de ouro, que descartava depois para mostrar que o cacau valia mais que o ouro.
No abre-alas, a escola fala sobre a descoberta do cacau pelos espanhóis. A bateria, que vem com 250 ritmistas, lembra o filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate" e o personagem Willy Wonka. Além de rainha de bateria da escola, Ellen Roche também simboliza a rainha da Fábrica de Chocolate.
Ellen Rocche
No segundo carro, o fascínio dos espanhóis pela bebida. Máquinas que produziam cascatas de chocolate derretido se encarregavam de deixar os foliões com água na boca.
No carro seguinte, uma homenagem ao museu do chocolate, em Colônia, na Alemanha. O quarto carro trouxe o chocolate como um presente. A escola mostrou bombons e a paixão despertada nos homens.
Um gigante cesto de ovos de Páscoa com braços, pernas e a cabeça de um coelho encerrou o desfile com tranquilidade. A escola fechou a passagem pelo Anhembi com o dia amanhecendo.
A Rosas de Ouro apostou num desfile com fantasias e coreografias caprichadas e tema "saboroso" para tentar conquistar o título do carnaval deste ano. Sexta escola a desfilar no primeiro dia de apresentações no Anhembi, em São Paulo, a escola procurou empolgar com o cheiro de chocolate na avenida, "paradinhas" da bateria e chamando o público "na palma da mão".
Antes da Rosas de Ouro, passaram pelo Anhembi a Imperador do Ipiranga, Leandro de Itaquera, Acadêmicos do Tucuruvi, Mancha Verde e Vila Maria.
O último título da Rosas havia sido em 1994. Em segundo lugar ficou a Mocidade Alegre, campeã do carnaval do ano passado, com 0,25 ponto de diferença em relação à Rosas.
VEJA TODAS AS NOTAS DA APURAÇÃO EM SP
VEJA TODAS AS NOTAS DA APURAÇÃO EM SP
Comemoração na quadra da Rosas de Ouro (Foto: Raul Zito / G1)
Classificação/Escola | Nota |
1º Rosas de Ouro | 270,00 |
2º Mocidade Alegre | 269,75 |
3º Vai-Vai | 269,25 |
4º Mancha Verde | 269,00 |
5º Gaviões da Fiel | 268,75 |
6º Unidos de Vila Maria | 268,75 |
7º Império de Casa Verde | 268,50 |
8º Acadêmicos do Tucuruvi | 268,25 |
9º X-9 Paulistana | 268,00 |
10º Pérola Negra | 268,00 |
11º Águia de Ouro | 265,00 |
12º Tom Maior | 259,50 |
13º Imperador do Ipiranga | 258,25 |
14º Leandro de Itaquera | 257,50 |
Leandro de Itaquera e Imperador do Ipiranga foram rebaixadas.
O desempate entre Mocidade e Rosas ocorreu no último quesito, comissão de frente. Justamente, a comissão que teve dificuldades no dia do desfile.
Alguns integrantes da comissão de frente da Rosas entraram na avenida atrasados, mas chegaram a tempo de se apresentar aos primeiros jurados. Representou a chegada dos espanhóis ao Golfo do México, que foram recebidos como deuses pelos povos nativos. O engano significou a morte para os nativos, os olmecas. Com isso, o cacau acabou levado para a Europa.
A escola entrou na avenida com 3,5 mil componentes, divididos em 22 alas. Logo nos primeiros minutos, enfrentou problemas.
Desfile
A Rosas de Ouro apostou num desfile com fantasias e coreografias caprichadas e tema "saboroso" para tentar conquistar o título do carnaval deste ano. Sexta escola a desfilar no primeiro dia de apresentações no Anhembi, em São Paulo, a escola procurou empolgar com o cheiro de chocolate na avenida, "paradinhas" da bateria e chamando o público "na palma da mão".
No carro abre-alas, um templo sagrado mostrou o imperador Montezuma, que tomava a bebida feita do cacau em taças de ouro, que descartava depois para mostrar que o cacau valia mais que o ouro.
Comemoração
Após o resultado da apuração, o diretor de bateria, Rafael "Gordinho", disse: "Acreditamos até o último minuto de que sairíamos vitoriosos. A Rosas estava batendo na trave faz tempo. Agora é a nossa vez."
Outros diretores correram até a arquibancada para agradecer aos torcedores que estavam presentes no Sambódromo do Anhembi. O diretor de harmonia, Roberto Dias, chorava muito e mal conseguia falar. "São 15 anos com esse grupo, é demais", disse.
A presidente da escola, Angelina Basílio, havia se retirado da pista um pouco antes do fim da apuração com medo de ser atingida por um dos objetos atirados pela torcida da Gaviões. Ela acompahou as últimas notas de dentro do camarote.
A presidente da escola, Angelina Basílio, havia se retirado da pista um pouco antes do fim da apuração com medo de ser atingida por um dos objetos atirados pela torcida da Gaviões. Ela acompahou as últimas notas de dentro do camarote.
Ea gaviões hem????
Torcedores da Gaviões atiram objetos contra outras
Torcedores da Gaviões da Fiel atiraram objetos e promoveram tumulto durante a divulgação das notas das escolas de samba de São Paulo na tarde desta terça-feira (16) no sambódromo do Anhembi, na capital paulista.
Revoltados com as notas dadas pela comissão julgadora dos desfiles, torcedores da Gaviões, que ocupam as arquibancadas superiores do Anhembi, atiraram garrafas de plástico e outros objetos contra as torcidas das outras escolas.
Diante do tumulto, a diretoria da Gaviões se deslocou até a arquibancada da Gaviões para pedir que eles parassem.
"A revolta é pelas notas injustas, mais uma vez o preconceito está acima de tudo”, disse o presidente da Gaviões Eduardo fontes, referindo-se ao preconceito em relação às escolas ligadas a times de futebol.
A estimativa da Polícia Militar é de que haja cerca de 4 mil torcedores da Gaviões presentes no Anhembi. O público total é estimado entre 5 mil e 6 mil.
Algumas pessoas saíram feridas do tumulto, como é o caso de uma repórter fotográfica da Vai-Vai, que relatou ter sido atingida na perna por uma cadeira e, chorando muito, recebeu atendimento médico.
Acho que agora para o bem do carnaval, a liga das escolas de samba deveria exclui de vez essa Gaviões, pelo menos é o que eu espero.