Rei Pelé, o maior atleta de todos os tempos, comemora 78 anos
No dia 23 de outubro de 1940, nascia na mineira Três Corações, no estado de Minas Gerais, Edson Arantes do Nascimento, o eterno Rei Pelé. Sobre ele praticamente tudo já se falou ou se escreveu desde o seu início no Santos Futebol Clube, no ano de 1956, quando chegou à Vila Belmiro trazido pelas mãos de Valdemar de Brito, um ex-jogador de futebol que era o técnico do garoto no infantil do Bauru Atlético Clube, o popular Baquinho, quando o futuro Atleta do Século dava os primeiros sinais de que um dia viria a reinar soberano no mundo da bola.
Apesar de ter nascido em Três Corações a infância do garoto precoce foi vivida em Bauru, onde chegou no ano de 1945. No seio familiar o apelido do melhor jogador de futebol em todos os tempos era conhecido como Dico. Mas então por quê Pelé.Um nome hoje talvez o mais famoso e admirado em todo o mundo. Dico costumava assistir aos jogos do time do seu pai Dondinho com seu tio Jorge. Na época, seu pai jogava no Vasco da Gama de São Lourenço, que tinha um goleiro chamado Bilé, que era uma das atrações maiores da equipe do Vasco, e influenciado pela torcida que sempre gritava: “Boa, Bilé”; “Segura Bilé”; “Grande Bilé”. E isso ficou na cabeça do garoto Dico. Nas peladas de rua, em Bauru, cada vez que jogava no gol nas brincadeiras com os outros garotos ele mesmo gritava, se auto-elogiando “Boa Bilé”. Os garotos não entendiam direito o que o futuro Rei gritava e achavam que era “Boa Pelé”, e então passaram a chamá-lo de Pelé. Daí nasceu o nome Pelé, que segundo ele não achava graça nenhuma em ser assim chamado e por emburrar com o apelido o mesmo acabou pegando. Hoje, o Rei agradece aqueles garotos pelo fato do apelido Pelé ter se transformado em marca mundial conhecida em todos os quatro cantos do planeta.
Frases ditas sobre o Rei Pelé pelos antigos companheiros do Santos:
“Vou fazer uma confissão: durante os 12 anos que joguei junto com o Pelé, aprendia com ele em campo, como se fosse meu professor. No décimo segundo ano em 69, em campo, ele continuava a criar jogadas. Eram bem diferentes das que havia criado no começo da carreira… Criava lances que você não via nos treinos e, de repente, no jogo, ele fazia, como a tabela na perna do zagueiro, por exemplo”. (Pepe).
“Acho que a bola, quando chegava pra ele, vinha com cola. Foi o jogador mais perfeito que eu vi dominar a bola, de peito, no ar. A técnica dele era fantástica de se ver. Eu aprendi muito com ele, claro. Era meu ídolo. Mas isso era coisa dele. É um dom, é nato. O Homem lá de cima falou pra ele:
“Você vai ser o cara”. (Edu).
“Pelé tinha um físico impressionante e driblava para frente, não para o lado. Por isso, quando passava o adversário, não conseguiam mais pegar ele. Além disso, tinha seu domínio de jogo, sua visão de jogo e capacidade para antever os lances. Enquanto passava um lance pela minha cabeça, tenho certeza de que na dele passavam dois ou três”. (Lima).
“De vez em quando, ele tava meio apático e, de repente, tum!, explodia. Cada gol que ele fazia que era brincadeira! Você tinha que tirar o chapéu. Tinha que chegar e dizer: “Para tudo. Acabou o futebol”. (Dorval).
“Quando perdemos o Pelé (na Copa de 62), foi o maior susto da história pra nós. Foi uma distensão muscular, então sabíamos que ele não ia jogar o resto da Copa. Quer dizer, então nós perdemos meio time, né? O Pelé era nosso maior artilheiro, então foi difícil assimilar a saída dele. Mas no fim deu certo. O Amarildo entrou e foi muito bem. Mas que foi um susto muito grande foi, né? O time do Brasil era muito bom, mas Pelé era fenômeno”. (Zito
“Aprendeu a chutar com as duas pernas, Chutava com um só, Aí com a outra ele começou a chutar e ficou maestro com as duas. Treinava muito. Ele, Pagão, Tite, Raimundinho, Del Vecchio. Esses que ficavam chutando até escurecer. E o seu Rocha, que era o roupeiro, queria ir embora pra casa e não podia por que tinha que ficar esperando eles”. (Formiga).
“Eu posso falar com convicção, pois estive com ele, convivi todo dia com ele. Então é um jogador que nem precisa estar comparando com ninguém. Não tem comparação nenhuma, nenhuma, nenhuma”. (Mengálvio).
“Ele conseguia agradar a gregos e a troianos. Então acho que para falar do Pelé sobre qualidade, deixa a desejar, não tem porque. Todas as qualidades dele foram sensacionais. Eu tive o privilégio de estar lá, de jogar foram sensacionais. Eu tive o privilégio de estar lá, de jogar ao lado dele, como outros jogadores. Então, se eu não tivesse sido jogador de bola, eu gostaria de estar em todos os jogos que ele jogou, para ver a beleza que era o negócio. Eu vi de pertinho”. (Coutinho).
Texto: Guilherme Guarche – Centro de Memória e Estatística
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