A menstruação é a prova de que o ciclo fértil de uma mulher está chegando ao fim. Além de na maioria dos casos confirmar a inexistência de uma gestação, ela ainda pode mostrar muito sobre a saúde do corpo feminino. Por isso, é muito importante estar sempre atenta a cada característica do sangue que, normal ou não, nos diz muito.
No início do ciclo reprodutivo feminino - que dura, em média, 28 dias -, o útero se prepara para receber o óvulo fecundado produzindo o endométrio, um revestimento que fica na parede interna do órgão e é altamente vascularizado e rico em nutrientes.
Caso a fecundação não aconteça, antes de iniciar o próximo ciclo, o corpo, através da suspensão da produção de determinados hormônios, elimina o óvulo anteriormente liberado e, junto com o ele, o endométrio. O resultado é a menstruação.
Composição
Fruto do descolamento do endométrio, a menstruação é composta por, além do tecido, que é altamente vascularizado, sangue, muco e secreções vaginais.
Cor
Sua cor varia de acordo com cada fase do período menstrual – entre marrom borra de café, passando por vermelho vivo até chegar em quase vinho.
Cheiro
O sangue em si não tem cheiro forte. No entanto, como ele passa por todo o canal vaginal, se mistura com bactérias e fungos naturais à flora da região e, dessa forma, começa a envelhecer.
Por isso, a menstruação tem um cheiro específico - que para as pessoas com o olfato mais sensível pode ser forte. Mas ele não é fétido ou desagradável, apenas característico. Em casos anormais, é importante procurar um médico para investigar possíveis infecções.
Durante todo o período, os especialistas calculam que uma mulher libere entre 30 e 50 ml de sangue. Como medir é quase impossível, a ginecologista Dra. Patricia Rossi, do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, São Paulo, estipula alguns sinais que caracterizam a normalidade. A duração deve ser de três a oito dias, com um sangue sem muitos coágulos e com o uso de até seis absorventes por dia.
Como o que dá origem à menstruação é o descolamento do endométrio, um tecido que é criado na parede interna do útero, de acordo com o ginecologista Dr. Celso Luiz Borrelli, do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), é normal que em determinados momentos a mulher perceba que alguns pedacinhos saem junto com o sangue. Eles, portanto, são partículas maiores desse tecido. A quantidade expelida varia de acordo com a liberação hormonal de cada mulher.
Outra característica muito comum da menstruação são os coágulos. De acordo com o médico, eles surgem porque durante a descida e dependendo da posição em que a mulher fica, o sangue pode acumular na cavidade do canal vaginal e, por um processo natural do organismo, o que era líquido é transformado em coágulo. Geralmente, mulheres que possuem fluxos mais intensos notam os episódios com mais frequência.
É importante, no entanto, que cada mulher conheça seu ciclo. Embora normal, os coágulos, quando aparecem repentina ou excessivamente, podem indicar o surgimento de algumas doenças do aparelho reprodutor feminino.
O que determina o fluxo menstrual, como explica a médica do Hospital Mandaqui, é a quantidade de hormônio produzida enquanto o útero se prepara para receber o óvulo fecundado produzindo o endométrio. No começo e no fim da idade reprodutiva, é normal que a menstruação seja intensa devido aos ajustes hormonais que estão acontecendo. Na idade adulta, a tendência é que a quantidade seja normalizada.
Dr. Borelli, no entanto, lembra que embora não seja comum, mulheres com alterações hematológicas perdem muito sangue (a menstruação dura mais de oito dias e o fluxo é muito intenso) e, por isso, podem sofrer com anemia. Nesses casos, ao notar qualquer alteração, é importante procurar um especialista.
Além das alterações hormonais comum na puberdade e no início da menopausa que podem aumentar ou diminuir o fluxo, o uso de anticoncepcionais também contribui para que a menstruação diminua. Como explica o ginecologista do HCor, a ingestão do hormônio sintético afina o endométrio e, por isso, a quantidade de sangramento reduz.
ESCRITO POR
BEATRIZ HELENA
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