Waldir Peres sofre infarto e morre aos 66 anos (Foto: infoesporte)
Morreu neste domingo um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro: Waldir Peres, ídolo do São Paulo, com passagem pelo Corinthians e titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982. Ele tinha 66 anos e sofreu um infarto fulminante durante um almoço com a família, na cidade de Mogi Mirim, no interior paulista.
– Nós viemos passear na casa de uns amigos numa festa de aniversário em Mogi Mirim. Ele passou mal depois do almoço, nós o levamos a uma farmácia e lá ele desmaiou. Depois levamos para o hospital, mas infelizmente ele não resistiu. Foi fulminante – afirmou a irmã Isabel por telefone ao GloboEsporte.com.
Waldir Peres se sentiu mal e teve um infarto por volta das 14h. Foi levado por familiares ao hospital 22 de Outubro, em Mogi Mirim, mas não resistiu e teve a morte decretada por volta de 15h30. O ex-goleiro deixa dois filhos, que moravam em São Paulo, e uma filha, que está na Malásia. Ele não era casado, mas estava acompanhado da noiva.
O corpo do Waldir sairá de Mogi Mirim nesta segunda-feira, às 17h, e virá pra São Paulo. O velório será a partir de terça e o enterro, só na quarta (às 9h) – para aguardar a filha que vem do exterior –, no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi.
A carreira
Nascido em Garça, interior de São Paulo, no dia 2 de janeiro de 1951, Waldir Peres começou a carreira na Ponte Preta, que o revelou em 1970. Três anos depois, se transferiu para o São Paulo, onde se tornou um dos maiores goleiros da história. Entre 1973 e 1984, fez 617 partidas (só perde para Rogério Ceni em presenças) e ganhou o Brasileiro de 1977 (onde teve papel decisivo nas cobranças de pênalti) e os Paulistas de 75, 80 e 81.
No Morumbi, ganhou destaque a ponto de ser presença constante nas convocações da Seleção. Como reserva, foi às Copas do Mundo de 1974 e 78, mas teve a chance de ser titular em 1982, na equipe que marcou época apesar de não ter sido campeã. O goleiro fez 39 partidas com a camisa amarelinha, a última na derrota por 3 a 2 para a Itália.
Moacyr Franco, cujo nome de batismo é Moacir de Oliveira Franco (Ituiutaba, 5 de outubro de 1936), é um ator, cantor, compositor, autor, apresentador de TV, humorista e político brasileiro. É filiado ao PPS.
As composições de Moacyr são bastante ecléticas, como boleros, marchinhas, baladas de amor e até rock’n’roll. Seus maiores sucessos, porém, estão no sertanejo-raíz, quando, nas décadas de 80 e 90 compôs várias músicas que alcançaram os primeiros lugares nas paradas, tais como: "Dia de Formatura", com Nalva Aguiar, "Seu amor ainda é tudo", "Ainda Ontem Chorei de Saudade" e "Se eu não puder te esquecer", com João Mineiro & Marciano.
Moacyr descobriu cedo sua vocação artística. Assim que terminou o Ensino Fundamental, em Uberlândia, foi contratado em uma oficina de pintura, que produzia cartazes e letreiros por encomenda. Um belo dia, o maestro da Orquestra de Tapajós precisou dos serviços e chamou o rapaz para dar um jeito nas estantes do teatro onde ensaiavam. Moacyr Franco ficou encantado com a música. “Fiz um negócio com o maestro: eu pintaria as estantes, ele deixava eu cantar com a orquestra. Ele topou! Por aí é que eu virei cantor, aprendi música, violão e piano”, contou ele.
Aos 17 anos ganhou um concurso de melhor cantor na Rádio Difusora de Uberlândia, ao cantar no programa de calouros "Astros e Estrelas do Amanhã". Três anos depois, mudou-se com a família para Ribeirão Preto, onde conseguiu um emprego na Rádio Clube Ribeirão Preto. Foi lá que conheceu Aloisio Silva Araújo, grande redator de humorismo, que era amigo de Manuel de Nóbrega.
Em 1959, no programa Praça da Alegria, interpretou o personagem "Mendigo". Quando o programa passou a ser gravado na TV Rio, o artista e seu personagem ficaram ainda mais conhecidos: seu bordão que divertia a plateia no auditório foi transformado em marchinha de carnaval. Nascia ali "Me Dá Um Dinheiro Aí".Estourou com outras músicas, como Suave é a Noite (versão de Tender is the Night), "Pelé agradece", "E tu te vais", "Pedagio" e Eu Nunca Mais Vou Te Esquecer. Sofreu um sério acidente automobilístico nos anos 70 e após isso um AVC, o que lhe prejudicou a carreira. Depois do sucesso que vivenciara na primeira metade da década de 70, nunca recuperou a imensa popularidade que tinha.
Desde então lançou vários discos (fez muito sucesso com a canção Balada número sete, homenagem ao grande jogador de futebol Mané Garrincha) e ganhou 42 discos de ouro, além de trabalhar nas principais emissoras do país apresentando, produzindo, escrevendo e atuando em diversos programas. Continua a seguir paralelamente a carreira de cantor, apresentando-se por todo o Brasil.
Em 1978 explodiu em todo o país com o sucesso "Turbilhão" (A nossa vida é um carnaval...), música mais tocada no carnaval daquele ano.
Nas décadas de 80 e 90 compôs várias músicas no gênero sertanejo, que alcançaram os primeiros lugares nas paradas, tais como: "Dia de Formatura", com Nalva Aguiar, "Seu amor ainda é tudo", "Ainda Ontem Chorei de Saudade" e "Se eu não puder te esquecer", com João Mineiro & Marciano.
Em 1996 gravou, recitando em 18 fitas cassete, todo o Novo Testamento.
Em 1998, teve a música "Seu amor ainda é tudo", gravada pela cantora Roberta Miranda, no CD "Paixão", lançado pela Polygram.
Em 2004, teve a sua composição "Tudo Vira Bosta" gravada por Rita Lee. Esta música integrou a trilha sonora da novela "Senhora do Destino", exibida no mesmo ano, pela Rede Globo de Televisão.
Em 1959, Manoel da Nóbrega dá uma oportunidade ao artista, que vai para a TV Rio atuar em “Rio Te Adoro” e Praça da Alegria, onde interpretou o personagem "Mendigo", que alcançou muita popularidade.
Nos anos 1960, ainda na TV Rio, trabalhou ao lado de Chico Anysio e Hilton Franco, e tocou programas de grande sucesso de audiência, como O Riso É O Limite e Show Doçura.
Ainda na década de 60 se transferiu para a TV Tupi, onde fundou, junto com Boni, o TeleCentro, que era um centro de produções com objetivo de lançar novos talentos no mercado.
Em 1971 se transferiu para a TV Globo. Seu primeiro programa na emissora foi Moacyr Franco Especial, um programa de variedades com números musicais, entrevistas, quadros humorísticos e brincadeiras. No ano seguinte, o programa passou por reformulações e tornou-se semanal: entrava no ar o Moacyr Franco Show, que, a partir de 1973, foi transmitido a cores, com a introdução de mudanças na estética e na forma de apresentação. Neste programa, revelou vários artistas como: Isabela Garcia, Guto Franco, Carla Daniel, Nizo Neto, Rosana Garcia, sua afilhada de batismo, entre outros. Outra curiosidade sobre o Moacyr Franco Show, foi que ele foi o primeiro programa a fazer merchandising fora dos comerciais. O produto em questão era o filtro de papel Mellita.
Em 1976, passou a apresentar o Moacyr TV. Com participação de Pepita Rodrigues, o programa recebia no auditório desconhecidos, em busca de uma oportunidade para brilhar na televisão. O show de talentos tinha como promessa um carro zero quilômetro e um contrato com a TV Globo. Nesta brincadeira, anônimos reinterpretavam cenas de novelas, com a ajuda de atores famosos.
“Eu considero aquele programa um marco. Teve ótimos índices de audiência na Globo. O pulo do gato ali era o humor, a sátira, que dava audiência. Foi o primeiro programa no Brasil que teve um telão no meio do auditório, onde se reproduziam as cenas que estavam sendo teatralizadas.”
Moacyr Franco, sobre o programa Moacyr TV, em depoimento concedido ao Memória Globo em 11/06/2014
Em 1977, Moacyr Franco interrompeu sua carreira, devido a problemas de saúde. Teve um aneurisma cerebral enquanto fazia A Praça da Alegria, apresentado por Luís Carlos Mieli.
Em 1980, Moacyr trabalhou na TV Bandeirantes, onde fez o programa humorístico As Caveirinhas e depois O Burro do Homem, que conquistou, na época, o prêmio de melhor programa humorístico da televisão brasileira.
Em 97 resolveu aceitar um convite de Silvio Santos para apresentar o programa “Concurso de Paródias” e não saiu mais do SBT. De novo com Guto, escreveu e interpretou seriados de enorme sucesso como Ô… Coitado! com Gorete Milagres e Meu Cunhado com Ronald Golias e Guilhermina Guinle. Em 1998 assume o cargo de Diretor de Criação do SBT.
Em 2005, aceita o convite de Carlos Alberto de Nóbrega e volta à A Praça é Nossa, onde interpreta o homossexual caipira Jeca Gay. Outra vez vira sucesso nacional com o bordão “Chic no Urtimo!”
Moacyr é torcedor do Palmeiras, tendo, inclusive, feito uma canção dedicada ao clube, "O Amor é Verde".
Moacyr é pai de 7 filhos, a saber: Moacyr Franco Jr., Guto Franco, Maria Cecília, Johnny Franco, e dos gêmeos Ana Helena e Domenico.
Em 1966, Moacyr ficou viúvo de sua primeira esposa, Vitória, com quem teve os dois primeiros filhos (Moacyr Franco Junior e Guto Franco). Os outros 5 filhos são frutos de seu casamento com Daniela Franco, que chegou ao fim no início de 2010.
Em 2013, começou um relacionamento com sua namorada atual, Pamela Noronha, 56 anos mais jovem que ele.
Sobre seus filhos:
Moacyr Franco Jr. - Seu filho mais velho é comandante dos aviões da TAM e faz voos internacionais.
Guto Franco fez sucesso ao ser lançado ainda criança em programas do pai, chegando a participar como ator da telenovela O Grito produzida e exibida pela TV Globo na década de 1970. Guto participou da Praça interpretando o personagem Dona Guajarina e foi diretor e redator chefe do humorístico A Turma do Didi exibido pela Rede Globo aos domingos.
Johnny Franco - nome artístico de João Vitor. Fez programa de televisão ainda novo assim como Guto, participando do programa Meu Cunhado. Já como "Johnny Franco", é vocalista da banda The Moondogs, que participou do programa SuperStar, da Tv Globo.
Origem: Wikipédia
O tratamento dos principais problemas nessa glândula - câncer, hipertireoidismo e hipotireoidismo - foi revisto. Saiba como preservar a saúde da tireoide
Nada nem ninguém gerou tanto bafafá no último Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, recém-ocorrido na Costa do Sauípe, na Bahia, quanto a tireoide. A glândula localizada no pescoço e que regula o ritmo de funcionamento de todo o organismo foi o tema central de 12 mesas-redondas, conferências e aulas – a título de comparação, a obesidade, outra estrela do evento científico, esteve presente em 11 palestras. Dá pra entender o porquê: novos estudos estão mudando pra valer a maneira como os médicos (e os pacientes) devem encarar e remediar os descompassos tireoidianos.
A primeira grande notícia é a reclassificação de um tipo de câncer relativamente comum na glândula. Seu nome é complicado: variante folicular do carcinoma papilífero não invasivo encapsulado (ou EFVPTC, na sigla em inglês). Há seis meses, ele era considerado maligno e exigia um contra-ataque pesado, com cirurgia e boas doses de radiação.
Leia também: Mamografia não causa câncer de tireoide
Pois um convênio de cientistas do mundo inteiro capitaneado pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, decidiu alterar radicalmente o caráter desse tumor. “Partimos da observação de que, na maioria dos casos, ele evoluía muito bem, sem sinal de proliferação, mesmo quando não se faziam intervenções”, relata o patologista Venancio Alves, da Universidade de São Paulo e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP), único brasileiro a fazer parte da investigação.
Por isso, a partir deste ano, o que era um câncer passa a ser visto como nódulo benigno, que não carece necessariamente de bisturi ou bombardeios de iodoterapia. “Alguns colegas dizem que este foi o primeiro recall da história da medicina”, brinca a endocrinologista Patrícia Teixeira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Estima-se que o EFVPTC represente 20% do total de tumores de tireoide. A expectativa é que essa decisão reduza gastos com a saúde e o uso de tratamentos supérfluos, além de minimizar a ansiedade das pessoas diagnosticadas.
A reclassificação é apenas um exemplo de uma série de transformações pelas quais a abordagem dos nódulos tireoidianos está passando. Todas as etapas de diagnóstico e tratamento são revistas atualmente e geram acalorados debates. Isso começou quando os experts perceberam que, nos últimos 25 anos, houve um aumento de três vezes no número de episódios, embora a taxa de mortalidade continuasse a mesma.
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Pequenas variações na tireoide já são perigosas para o coração
query_builder21 mar 2017 - 17h03
A principal explicação para o fenômeno está na prescrição indiscriminada do ultrassom de pescoço, que vasculha a glândula à caça de tumores. A tecnologia progrediu tanto que essas máquinas são capazes hoje de apontar massas cada vez menores e indolentes.
“Exames realizados com sujeitos de mais de 50 anos detectam lesões incidentais, sem grande significado para a saúde, em quase 60% das circunstâncias“, calcula o endocrinologista Hans Graf, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). E 100% daqueles que alcançaram as oito décadas de vida apresentam um caroço na região. Ou seja: flagrar um nódulo com características perigosas é um tanto quanto mais raro.
Portanto, não se recomenda fazer o ultrassom de rotina, como acontece com a mamografia na prevenção do câncer de mama após os 45 anos. “Esse teste só está indicado como checkup quando há histórico familiar da doença ou suspeitas na palpação do pescoço no consultório”, afirma Graf. Aliás, 7% das malformações são perceptíveis no exame clínico, em que o médico palpa o pescoço do paciente
Se alguma bolota esquisita é encontrada no ultrassom, a próxima fase envolve determinar se ela é tranquila ou agressiva. Isso é possível por meio da biópsia, em que uma agulha fina é inserida na região da garganta e aspira um pedacinho defeituoso da glândula para análise em laboratório.
E não é que esse procedimento também é alvo de reformas? A Associação Americana de Tireoide – que admite uma certa epidemia artificial do problema – atualizou suas diretrizes sobre o assunto e aconselha que nódulos com menos de 1 centímetro não sejam avaliados por uma punção. Isso vale até para aqueles que aparentam ser do mal: basta monitorar seu crescimento de tempos em tempos. Essa conduta, por enquanto, ainda não é a realidade nas clínicas e nos hospitais brasileiros.
Nada de precipitações com o câncer
Mas, ok, vamos supor que o médico pediu ultrassom e biópsia e os laudos mostram que se trata de um tumor maligno. Pois senta que lá vem novidade: há situações em que o melhor é nem intervir. Estudiosos do Hospital Kuma, no Japão, seguiram 340 pessoas com microcarcinoma papilífero – o câncer de tireoide mais prevalente – durante dez anos, sem recorrer a qualquer ação. Nesse período, 15% tiveram uma ampliação da massa cancerosa superior a 3 milímetros e apenas 3% sofreram metástase, ou seja, as células malignas se espalharam por outras áreas.
A lição nipônica é que, na maior parte das vezes, o indivíduo morre com o nódulo, mas não em decorrência dele. Essa é a típica ocasião em que a terapia se torna mais prejudicial do que a enfermidade em si.
Isso abre a perspectiva de se tomar alguma atitude só no momento em que existe uma ameaça à saúde. “O tema é bastante controverso e o nosso desafio está em selecionar os casos em que uma operação não é mesmo necessária”, raciocina o cirurgião de cabeça e pescoço Erivelto Volpi, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Que fique claro: uma estratégia dessas é válida somente se o tumor é pequeno, não está num local complicado nem tem capacidade de se dispersar pela circulação ou sistema linfático. Aliás, uma discussão similar vem ocorrendo com o câncer de próstata.
A própria cirurgia, aliás, já não é a mesma. Os cortes ganharam precisão, e as cicatrizes estão quase imperceptíveis. Os riscos se mostram modestos e, mais importante, a palavra de ordem é preservar sempre que possível.
“Hoje em dia, dá para retirar metade da glândula e conservar a porção saudável”, conta o médico Antonio Bertelli, do Hospital Samaritano de São Paulo. A parcela sadia consegue até produzir o T3 e o T4 normalmente, sem precisar de reposição hormonal por meio de comprimidos diários.
Por André Biernath*
http://saude.abril.com.br
A menstruação é a prova de que o ciclo fértil de uma mulher está chegando ao fim. Além de na maioria dos casos confirmar a inexistência de uma gestação, ela ainda pode mostrar muito sobre a saúde do corpo feminino. Por isso, é muito importante estar sempre atenta a cada característica do sangue que, normal ou não, nos diz muito.
No início do ciclo reprodutivo feminino - que dura, em média, 28 dias -, o útero se prepara para receber o óvulo fecundado produzindo o endométrio, um revestimento que fica na parede interna do órgão e é altamente vascularizado e rico em nutrientes.
Caso a fecundação não aconteça, antes de iniciar o próximo ciclo, o corpo, através da suspensão da produção de determinados hormônios, elimina o óvulo anteriormente liberado e, junto com o ele, o endométrio. O resultado é a menstruação.
Composição
Fruto do descolamento do endométrio, a menstruação é composta por, além do tecido, que é altamente vascularizado, sangue, muco e secreções vaginais.
Cor
Sua cor varia de acordo com cada fase do período menstrual – entre marrom borra de café, passando por vermelho vivo até chegar em quase vinho.
Cheiro
O sangue em si não tem cheiro forte. No entanto, como ele passa por todo o canal vaginal, se mistura com bactérias e fungos naturais à flora da região e, dessa forma, começa a envelhecer.
Por isso, a menstruação tem um cheiro específico - que para as pessoas com o olfato mais sensível pode ser forte. Mas ele não é fétido ou desagradável, apenas característico. Em casos anormais, é importante procurar um médico para investigar possíveis infecções.
Durante todo o período, os especialistas calculam que uma mulher libere entre 30 e 50 ml de sangue. Como medir é quase impossível, a ginecologista Dra. Patricia Rossi, do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, São Paulo, estipula alguns sinais que caracterizam a normalidade. A duração deve ser de três a oito dias, com um sangue sem muitos coágulos e com o uso de até seis absorventes por dia.
Como o que dá origem à menstruação é o descolamento do endométrio, um tecido que é criado na parede interna do útero, de acordo com o ginecologista Dr. Celso Luiz Borrelli, do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), é normal que em determinados momentos a mulher perceba que alguns pedacinhos saem junto com o sangue. Eles, portanto, são partículas maiores desse tecido. A quantidade expelida varia de acordo com a liberação hormonal de cada mulher.
Outra característica muito comum da menstruação são os coágulos. De acordo com o médico, eles surgem porque durante a descida e dependendo da posição em que a mulher fica, o sangue pode acumular na cavidade do canal vaginal e, por um processo natural do organismo, o que era líquido é transformado em coágulo. Geralmente, mulheres que possuem fluxos mais intensos notam os episódios com mais frequência.
É importante, no entanto, que cada mulher conheça seu ciclo. Embora normal, os coágulos, quando aparecem repentina ou excessivamente, podem indicar o surgimento de algumas doenças do aparelho reprodutor feminino.
O que determina o fluxo menstrual, como explica a médica do Hospital Mandaqui, é a quantidade de hormônio produzida enquanto o útero se prepara para receber o óvulo fecundado produzindo o endométrio. No começo e no fim da idade reprodutiva, é normal que a menstruação seja intensa devido aos ajustes hormonais que estão acontecendo. Na idade adulta, a tendência é que a quantidade seja normalizada.
Dr. Borelli, no entanto, lembra que embora não seja comum, mulheres com alterações hematológicas perdem muito sangue (a menstruação dura mais de oito dias e o fluxo é muito intenso) e, por isso, podem sofrer com anemia. Nesses casos, ao notar qualquer alteração, é importante procurar um especialista.
Além das alterações hormonais comum na puberdade e no início da menopausa que podem aumentar ou diminuir o fluxo, o uso de anticoncepcionais também contribui para que a menstruação diminua. Como explica o ginecologista do HCor, a ingestão do hormônio sintético afina o endométrio e, por isso, a quantidade de sangramento reduz.
ESCRITO POR
BEATRIZ HELENA
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