Nascido no município de Ipojuca, em Pernambuco, foi criado em Ponte dos Carvalhos, no município do Cabo de Santo Agostinho. Filho de um comerciante que também era poeta e repentista, Seu Manoel do Posto, e de uma dona de casa, Dona Nata, Nando é o mais velho de 14 irmãos. Foi na infância e adolescência, como membro do coral da Igreja Católica de Ponte dos Carvalhos, entre cantos e alfaias litúrgicas, então sob os cuidados e o incentivo do padre Geraldo Leite Bastos, que Nando começou a despertar seu talento para a música. Ganhou o primeiro violão do pai aos 15 anos, e aprendeu a tocar sozinho. Com 17 anos já fazia parte de uma banda de baile. Em meados da década de 70, como muitos jovens nordestinos de sua geração, foi tentar a vida no Rio e em São Paulo, e assim começaram as apresentações profissionais.
Nando é adepto do Espiritismo.
O sobrenome Cordel surgiu a partir do momento em que a gravadora disse que seu nome não venderia discos, fazendo com que ele usasse o nome artístico 'Nando' (apelido de Fernando) e 'Cordel' (junção do início de seus sobrenomes Correia e Manoel). Mas também é uma homenagem a um tipo de arte popular, a literatura de cordel, patrimônio cultural do nordeste brasileiro.
Como compositor, Nando desde o início centrou seus trabalhos na MPB e na cultura musical pernambucana e nordestina, como forrós e xotes. O artista sofre ainda grande influência de outros ritmos, como a salsa e reggae. Nando Cordel também compõe para diferentes estilos e gerações de intérpretes. Por conta disso, as composições dele são bem diversificadas, como as românticas, dançantes e até infantis.
Tem suas canções gravadas por grandes figuras da música popular brasileira, como Elba Ramalho, que transformou em sucesso sua primeira parceria com Dominguinhos: De Volta pro Aconchego.
Sua fama como compositor é bem maior do que como intérprete. Já teve músicas gravadas por Chico Buarque, Zizi Possi, Fagner, Maria Bethânia, Fábio Jr, Martinho da Vila, Fafá de Belém, Ivete Sangalo e outros. Alguns de seus sucessos são Isso Aqui Tá Bom Demais, com Dominguinhos, Hoje é Dia de Folia, interpretada por Xuxa, e Gostoso Demais. Tem cerca de 500 músicas gravadas por grandes nomes da música brasileira.
Como intérprete, já lançou cerca de 25 discos e uma coleção de 12 cds dedicados a músicas para meditação e relaxamento. Segundo ele, essas músicas são um encontro com a paz, a serenidade e a meditação. Com títulos que definem muito bem o que se vai ouvir, a coleção para meditação é composta por músicas instrumentais: Doces Canções, Doce Harmonia, Doce Paz, Doce Luz, Doce Natureza, Dedicado às Flores, Dedicado a Vida, Dedicado à Beleza, Dedicado à Voz e Iluminando a Alma.
Nando Cordel, nome artístico de Fernando Manoel Correia (Ipojuca, 13 de dezembro de 1953) é um cantor, compositor e instrumentista brasileiro.
A declaração foi dada por Conrad Murray, que era o médico pessoal de Michael.
Por Júlia Warken
(Carlo Allegri/Getty Images)
Duas semanas após sua morte, o nome de Joe Jackson, pai de Michael Jackson, está no centro de mais um escândalo. Segundo o médico Conrad Murray, o patriarca da família Jackson teria castrado Michael quimicamente. A acusação foi feita através de um vídeo publicado pelo site The Blast.
De acordo com Murray, a castração foi feita na infância para que o astro mantivesse a voz aguda mesmo após torna-se adulto. Na Itália diversos cantores de ópera foram submetidos a essa prática cruel até o início do século 20. Tais artistas eram conhecidos como castrati.
Não é primeira vez que Joe é acusado de ter sido um péssimo pai. Ele foi responsável por alavancar os Jackson 5 e os membros do grupo já falaram publicamente sobre os mal tratos cometidos pelo pai em nome do sucesso deles.
O próprio Conrad Murray já havia dito que Joe “foi um dos piores pais da história”. Mesmo assim, essa nova acusação é a mais pesada de todas até o momento.
Murray é cardiologista e foi o médico pessoal de Michael durante anos. Em 2011, ele foi condenado pelo homicídio culposo (quando não há intensão de matar) do astro. Era Murray quem ministrava os remédios de Michael e ele veio a falecer por causa de uma dose excessiva de propofol (um medicamento para insônia), em 2009.
O empresário americano Joe Jackson, pai do cantor Michael Jackson (1958-2009), morreu nesta quarta-feira (27), informou o TMZ. De acordo com o site, ele tinha câncer e estava em estado terminal.
A agência de notícias Associated Press confirmou a notícia com uma fonte da família.
Na última sexta-feira (22), a imprensa americana disse que Joe estava hospitalizado com uma doença grave.
mdemulher.abril.com.br
Michael Jackson, o Rei do Pop concedeu uma entrevista para Oprah Winfrey em fevereiro de 1993 onde falou sobre o início de carreira, das exigências do pai, do sofrimento na adolescência, dos tablóides que divulgam mentiras ao seu respeito, sobre sua pele, as acusações de pedofilia e sobre o amor a música. Com participações de Liz Taylor e Priscilla Presley.
Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha (Magé, 28 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983) foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas. É considerado por muitos o maior jogador de futebol de todos os tempos e o mais célebre ponta-direita da história do futebol. No auge de sua carreira, passou a assinar Manuel dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o maior driblador da história do futebol.
Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas" , foi um dos principais jogadores das conquistas da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Morreu em 1983, aos 49 anos, em decorrência do alcoolismo.
Autoria da frase "combinar com os russos "
Na Copa de 1958, conta a história que, antes do jogo com a URSS, vencido pelo Brasil por 2×0, o treinador Vicente Feola fazia sua preleção, incentivando os jogadores até que olhou para o ponta-direita Garrincha, o anjo das pernas tortas, onde se prosseguiu o seguinte diálogo:
- Garrincha, é o seguinte: você pega a bola e dribla o primeiro beque. Quando chegar o segundo, você dribla também. Aí vai até a linha de fundo, cruza forte para trás, para o Vavá marcar (o gol)”.
Garrincha, calado, assustado com as instruções, falou:
- Tudo bem, Feola, mas o senhor já combinou com os russos?
De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel dos Santos era natural de Pau Grande, um distrito de Magé, no estado do Rio de Janeiro. Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com o pássaro de mesmo nome, muito comum na região.
Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Sua perna direita, seis centímetros mais curta que a esquerda, era flexionada para o lado esquerdo, e a perna esquerda apresentava o mesmo desenho. Ambas as pernas eram, pois, tortas para o seu lado esquerdo. Garrincha era destro. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tal característica tenha sido sequela de uma poliomielite.
Com quatorze anos de idade, começou a jogar amadoramente no Esporte Clube Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.
Garrincha casou-se com Nair, namorada da infância, com quem teve nove filhas. Suas filhas Tereza e Nadir já estão falecidas. Separou-se de Nair e foi casado com Elza Soares por 15 anos, de 1968 a 1983. Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Júnior (9 de julho de 1976 — 11 de janeiro de 1986), morto aos 9 anos de idade num acidente automobilístico. Neném, o filho dele com Iraci, anterior ao casamento com Elza, também morreu num acidente em Portugal em 20 de janeiro de 1992, aos 28 anos. Garrincha também é pai de um filho sueco: Ulf Lindberg, fruto de um relacionamento com uma sueca da cidade de Umeå, durante uma excursão do Botafogo à Europa em 1959.
Por praticamente toda a sua carreira (95% das partidas), Garrincha defendeu o Botafogo (no período de 1953-1965), além da Seleção Brasileira (de 1957-1966).
Já em fim de carreira jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966), no Clube de Regatas do Flamengo (1969), e no Olaria Atlético Clube, porém já estava longe de seu auge. Integrou o elenco do Vasco, em um amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ), marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.
Enquanto esteve no Corinthians, o Jornal da Tarde de 26 de outubro de 1966 assim escreveu sobre Garrincha: "Mané veio para ser a alegria do Corinthians, não foi. É um homem triste que só vê a bola em treino no Parque São Jorge".
Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66). Com Garrincha e Pelé jogando juntos, o Brasil nunca perdeu.
Mesmo na Seleção Brasileira, Garrincha nunca abandonou sua forma irreverente de jogar. Voltava a driblar o jogador oponente, no mesmo lance, ainda que desnecessariamente, só pela brincadeira em si.
Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo e sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.
Participou de um amistoso jogando pela equipe Gaúcha do Novo Hamburgo contra o Internacional, partida foi realizada no Estádio Beira Rio. Ele vestiu a camisa 7 na noite de 2 de julho de 1969, o Internacional venceu o Novo Hamburgo por 3 X 1. Garrincha saiu de campo aos 15 minutos do segundo tempo, sendo muito aplaudido pelos torcedores gaúchos. Antes da partida, Garrincha fez um treino no Estádio Santa Rosa, quando conheceu um pouco do clube e o grupo de jogadores.
O último gol de Garrincha aconteceu no empate do Olaria Atlético Clube em 2 a 2 com o Comercial, dia 23 de março de 1972, no Estádio Palma Travassos em Ribeirão Preto. Foi, inclusive, o único gol de Mané pelo Olaria.
Garrincha faleceu aos 49 anos em 20 de janeiro de 1983, vítima de cirrose hepática, tendo sido velado num caixão sob a bandeira do Botafogo. Em seu epitáfio lê-se "Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo – Mané Garrincha." Conviveu com o excesso de ingestão bebida alcoólica ao longo de sua vida, principalmente cachaça. O fato do seu gosto pela branquinha era tão conhecido que algumas marcas traziam seu nome.
Em 2010, torcedores do Botafogo custearam uma estátua de quatro metros e meio e cerca de 300 kg, ao custo de R$ 56.000,00 pagos ao artista plástico Edgar Duvivier. Essa estátua encontra-se hoje em frente ao Estádio Olímpico Nilton Santos, onde o Botafogo manda seus jogos.
Já em novembro de 2011 durante a convenção mundial de futebol Soccerex, Eusébio, maior jogador português e contemporâneo tanto de Pelé quanto Garrincha, declarou abertamente que considerava Garrincha o melhor jogador de todos os tempos.
Garrincha foi considerado o mais habilidoso jogador que já existiu em todos os tempos pois sua capacidade de driblar e envolver seus adversários era impressionante. Pelo Brasil perdeu apenas uma das 61 partidas que fez com a camisa da Seleção. Em 1998, foi escolhido para a seleção de todos os tempos da FIFA, em eleição que contou com votos de jornalistas do mundo inteiro.
A força do seu carisma ficou marcada rapidamente nas palavras do poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, numa crônica publicada no Jornal do Brasil, no dia 21 de janeiro de 1983, um dia após a morte do genial Garrincha:
“
Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico, farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo que nos alimente o sonho.
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Além da questão esportiva, transferência de Cristiano Ronaldo do Real Madrid para a Juventus pode ter influência das melhores condições financeiras apresentadas em solo italiano
Logo após deixar a Copa, Cristiano Ronaldo trocou o Real Madrid pela Juventus (Foto: Hannah McKay/REUTERS)
A saída de Cristiano Ronaldo do Real Madrid com destino à Juventus levantou diversos questionamentos no mundo do futebol. Com uma passagem vitoriosa no clube merengue, muitos se perguntam quais os motivos para o craque começar do zero em Turim. Além do lado esportivo e de performance, existem razões financeiras e econômicas que podem ter sido determinantes para o atacante deixar para trás a carreira dos sonhos que alcançou em Madri e iniciar uma nova trajetória na Juve.
Salário
Um salário maior é sempre um fator a ser considerado no momento de trocar de empresa. No Real Madrid, o salário de Cristiano Ronaldo girava em torno de € 21 milhões (R$ 94 milhões) por ano. Na Juventus, de acordo com o jornal "AS", a expectativa é que o craque recebe € 30 milhões (R$ 135 milhões).
Processo por sonegação na Espanha
Não é novidade para ninguém a rigidez fiscal na Espanha. Diversos astros do futebol espanhol, como Messi, Neymar, na época do Barcelona, e até o próprio Cristiano Ronaldo, foram denunciados por crime de sonegação. CR7 é acusado de fraude fiscal de € 14,7 milhões (cerca de R$ 66 milhões) por não declarar direitos de imagem e desviar dinheiro a paraísos fiscais. Ao todo, o português soma quatro delitos contra a Fazenda na Espanha.
O envolvimento em um caso de fraude fiscal vinha incomodando Cristiano Ronaldo. Segundo o jornal "A Bola", o problema despertou no atacante a vontade de deixar a Espanha. Advogado especializado em direito desportivo, Cristiano Caús ressalta que outros jogadores já saíram do solo espanhol por conta de problemas tributários.
– Existe esse aspecto do processo que enfrentou na Espanha. Muito se fala de jogadores que passaram por esse processo na receita espanhola e preferiram deixar o país, porque passaram por dificuldades, tiveram que fazer acordo para não serem presos. Evitar problemas com o fisco espanhol pode ser uma motivação grande para sair – disse Caús.
Cristiano Ronaldo foi acusado de sonegação (Foto: Reuters)
Mesmo mudando de país, Cristiano ainda terá que resolver as questões tributárias na Espanha. De acordo com o programa "Antena 3", existe um convênio entre as agências tributárias espanholas e italianas, o que poderia embargar o salário do português na Juventus, caso não haja o pagamento.
Os agentes de Cristiano propuseram um acordo à Advocacia do Estado espanhol, segundo informações do jornal "El País". O jogador estaria disposto a aceitar € 18,8 milhões (R$ 85 milhões) de multa e uma condenação de dois anos, sem obrigação de ingresso – a lei da Espanha permite que penas inferiores a dois anos sejam cumpridas em liberdade.
Impostos e questão fiscal na Itália
Se o fisco na Espanha era um problema para CR7, na Itália, por sua vez, ele pode ser uma solução. A questão de impostos na nova casa do português é mais favorável que em solo espanhol. Desde março de 2017, a lei de finanças italiana estabeleceu um imposto de € 100 mil (R$ 450 mil) por ano para receitas adquiridas fora do país.
Desta forma, Cristiano Ronaldo e a Juventus pagariam normalmente os impostos na parte do futebol, como salário, premiações e direitos de imagem. Para todos os rendimentos adquiridos e mantidos pelo craque fora da Itália, incluindo patrocínios individuais, imóveis e empresas, o atacante pagaria o valor de € 100 mil por ano.
Cristiano Ronaldo terá que pagar valores menores na Itália (Foto: Paul Hanna/Reuters)
Vale destacar que a taxa de tributação do imposto de renda na Itália pode ir até 43% em valores acima de € 75 mil (R$ 337 mil) anuais, ou seja, os valores pré-determinados promoveriam uma economia significativa para o português.
Cristiano Caús destaca que esse tipo de incentivo do governo italiano é bastante atrativo para um jogador com receitas milionárias também fora dos gramados, como é o caso de CR7. Além disso, Caús explica que existem manobras fiscais para que o atleta consiga pagar menos impostos.
– É um incentivo grande. Existem várias engenharias fiscais no futebol, como receber via contrato de imagem ou direto de patrocinadores. O clube paga, mas não entra como salário e não desconta o imposto de renda. Existem condições de receber dentro ou fora do país em que você trabalha, além da possibilidade de abrir estruturas políticas e empresariais para receber fora do país. São estruturas tributárias legais para diminuir a carga fiscal. Isso é pensado na gestão jurídica para fazer com que eles paguem menos imposto. Não é o salário, mas a forma como ele vai ser recebido que pesa muito – conta.
globoesporte.globo.com
Por Jamille Bullé, Rio de Janeiro
É triste para todos, mas a eliminação do Brasil pode ser uma oportunidade para ensinar crianças a lidar com o sentimento. Confira como orientar os torcedores mirins.Criança brinca antes da transmissão do jogo Brasil contra a Costa Rica, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, no dia 22 de junho (Foto: Fábio Tito/G1)
Nunca é fácil lidar com frustração: a sensação de aperto no peito, aquela alegria "extra" da idealização da vitória que desapareceu. Ver o Brasil ser eliminado da Copa, então... Mas não adianta fingir que nada aconteceu, dizem especialistas. Para quem viu o jogo e colocou expectativa na vitória, a decepção certamente virá.
Adultos têm mais facilidade para seguir adiante: a rotina volta ao normal e há maior entendimento sobre como funciona a natureza do esporte. Sabemos que há uma alternância natural entre ganhar e perder.
Crianças, no entanto, podem levar mais tempo para chegar a esse entendimento e precisam de ajuda. Uma boa orientação nessa hora pode ser a diferença tanto para lidar com a frustração momentânea quanto para aprender a superar possíveis decepções futuras, dizem especialistas.
"Algumas crianças não têm ferramentas para lidar com frustração. Será um momento propício para conversar sobre tolerância, sobre expectativas, sobre a natureza da vida e do esporte", explica Rodolfo Rasmusen, psicólogo especialista em esporte em São Paulo.
O psicólogo explica que nem todos os pequenos vão agir da mesma forma. O nível de frustração vai depender de cada torcedor mirim -- e dificilmente vai estar atrelado ao momento da partida somente. A criança entende a natureza do esporte? Tem bons exemplos em casa? Aprendeu a lidar com frustrações em outras situações? Ela teve muita expectativa?
Cristiano Oliveira, de 10 anos, . Ele comemora todos os aniversários com o tema futebol. Ele conta que ficou depressivo na eliminação do Brasil em 2014, mas conseguiu se distrair e esquecer (Foto: Arquivo Pessoal)
"A frustração é proporcional à expectativa. O ambiente familiar influencia muito a expectativa da criança. Mas ela também tem sua esperança individual, como sujeito. Sua reação vai depender de como ela lidou com experiências prévias de frustração", diz Rasmusen.
O ambiente familiar e a expectativa podem ter contribuído para a frustração de Caio Oliveira Mello Miranda, 14, na eliminação do Brasil durante a Copa de 2014 no fatídico 7x1 contra a Alemanha. Ele tinha 9 anos na época e viu o jogo com toda a família em Petrolina (PE).
"Todos falavam que o Brasil ia ganhar porque tinha um bom time. Também diziam que o Brasil teria mais garra porque o Neymar se machucou. Quando o jogo começou, e eu vi o Brasil levando uma surra, chorei muito. Não achava que aquilo ia acontecer. Quis parar de torcer para o Brasil" -- Caio Oliveira Mello (14).
O torcedor mirim atribuiu sua frustração em 2014 ao seu baixo entendimento de futebol. "Todo mundo falava que o time era o melhor, então, eu acreditava", diz.
"Hoje em dia olhando melhor, aquele time que nós tínhamos era muito ruim. Não tínhamos a menor chance de ganhar a Copa. Estavamos iludidos", continua Caio.
Caio demonstra que conseguiu lidar com a frustração e compreender como funciona o futebol com o passar do tempo, a exemplo da orientação de psicólogos. De fato, algumas crianças podem inclusive lidar melhor que adultos: sabem que perder o jogo faz parte e conseguem até "apostar" numa possível derrota do Brasil.
O estudante capixaba Felipe José Nader Ribeiro, de 14 anos, por exemplo, chegou a ganhar um bolão na Copa de 2014 ao acertar que a Alemanha venceria o Brasil por 7 x1.
"Eu não torci contra o Brasil de jeito nenhum, mas achei que o time da Alemanha era muito melhor naquele momento", justifica.
Como ajudar a criança a superar a frustração:
A frustração é normal. Ela ajuda a criança a se tornar mais forte, mais resiliente.
Caso a criança chore, promova acolhimento: abrace, explique, converse sobre o assunto.
Não mascare o ocorrido, desviando a atenção da criança para doces ou outros assuntos. Aproveite a oportunidade para explicar o que aconteceu. O desvio pode acontecer depois da conversa.
Converse sobre o que aconteceu, explicando a natureza do esporte e da vida.
Exemplos de superação e histórias são boas maneiras de explicar o ciclo do esporte e da vida, dizem especialistas. Há uma alternância natural entre ganhar e perder.
Na Copa do Mundo, uma maneira de ajudar na superação é explicar toda a preparação para um campeonato como esse e discorrer sobre as dificuldades. Trata-se de um ciclo de quatro anos, com ótimas seleções, e muita preparação.
Especialistas também sugerem valorizar os ganhos do processo e relembrar os bons momentos do Mundial.
Cabe controlar um pouco a frustração da própria família. Segundo especialistas, claro que todo mundo tem o direito e vai ficar triste, mas a criança absorve o sentimento do entorno.
Observe como a criança lidou com a eliminação. A dificuldade de frustração ocorreu em outros momentos e as conversas não têm sido eficazes? Se sim, talvez seja o caso de procurar ajuda.
De modo geral, a frustração é um processo natural, mas níveis muito altos de frustrações, dizem especialistas, indicam que há questões para além do jogo. Há que considerar a experiência da criança em outras situações; e, se for o caso, buscar ajuda.
"Dependendo do grau dessa frustração e de outras circunstâncias em que ela se apresente, pode ser necessária uma investigação mais profunda", diz Alberto Santos.
"Um caso isolado como um jogo nunca vai ser indicativo de uma patologia ou de algo mais grave. É necessário investigar o conjunto" -- Rodolfo Rasmusen, psicólogo especialista em esporte em São Paulo.
g1.globo.com - Por Monique Oliveira
por Bruno Marinho / Igor Siqueira / Tatiana Furtado / Enviados Especiais
Osorio fez críticas a estilo de jogo dos brasileiros - PILAR OLIVARES / REUTERS
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SAMARA — O técnico da seleção do México, Juan Carlos Osorio, usou a coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 0 para o Brasil para disparar contra o que classificou como "faltas fake" conseguidas pela seleção brasileira no jogo pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Sem esconder a revolta, Osorio não citou nominalmente Neymar, mas claramente referiu-se a lances envolvendo o camisa 10 brasileiro.
— Tivemos um jogo, no primeiro tempo, de 53% a 47% na posse de bola. Tivemos grande parte do controle de jogo. Desafortunadamente, é uma vergonha que no futebol se perca tanto tempo com um só jogador. A perda da veemência que tivemos foi por causa da arbitragem. Os jogadores foram cansando das paralisações. Uma teve quatro minutos. Não me parece ser um bom exemplo para o futebol, sobretudo para as crianças. Este deve ser um jogo viril, de homens, e não com tanta palhaçada — disparou Osorio, que em uma resposta seguinte referiu-se às "faltas fake":
Em uma pergunta seguinte, foi indagado diretamente se estava atacando Neymar, mas saiu pela tangente:
— Não o mencionei.
Os jornalistas insistiram no assunto e, indagado sobre a imagem que mostra um pisão de Layún quando Neymar estava à beira do campo, Osorio minimizou e reclamou de novo:
— É um contato muito simples. Toda a hora o árbitro parou o jogo.
Confusão à parte, Osorio entende que o México será um adversário mais duro no futuro para as grandes seleções se tiver mais jogadores nos grandes centros do futebol.
— Jogar mano a mano contra um time como o Brasil fala muito bem da postura e da atitude do México. Evidentemente é um processo que se deve continuar, ter mais jogadores na Europa, que compitam com esses jogadores brasileiros a cada fim de semana — finalizou.
Vale lembrar que o México caiu pela sétima vez seguida nas oitavas de final da Copa do Mundo.
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-ISSO AQUI E CONVERSA DE CHORÃO PERDEDOR, FORA OZORIO NAO SABE NADA.
Rafa Márquez não pode beber mesma água do time do México.
Investigado nos EUA por associação ao narcotráfico, zagueiro é boicotado pelos patrocinadores da seleção mexicana. Atleta usa uniforme de treino diferente dos colegas.Fotos Hector Vivas/Getty Images
Os jornalistas que têm acompanhado os treinos do México na Rússia têm notado algo inusitado. Jogador mais experiente do elenco comandado por Juan Carlos Osório, o veterano Rafa Márquez tem usado um uniforme "limpo" diferente dos demais jogadores, que treinam com uma camisa com as logomarcas de três patrocinadores. Segundo o New York Times, Rafa Márquez vem sendo boicotado pelas três empresas. O zagueiro, inclusive, não pode beber a mesma água do restante do elenco para não exibir o rótulo de um dos patrocínios da seleção mexicana.
O motivo do boicote é que o jogador de 39 anos está com o nome sujo nos Estados Unidos. Em 2017, a Justiça Americana abriu investigação de lavagem de dinheiro contra o mexicano. Rafa Márquez é acusado de abrir empresas nos Estados Unidos para movimentar dinheiro oriundo do narcotráfico. Segundo o New York Times, a cervejaria que patrocina o prêmio de melhor jogador de cada partida pediu para que o nome de Márquez fosse evitado. O zagueiro também está proibido de dar entrevistas no banner oficial da Copa.
Jogadores da seleção mexicana com a camisa repleta de patrocinadores (Foto: Hector Vivas/Getty Images)
O boicote a Rafa Márquez vai além. De acordo com o NYT, o zagueiro não receberá a premiação por participação no Mundial - cerca de 1,5 milhão de Euros por equipe -, uma vez que o banco que repassa os prêmios é americano. Márquez teria concordado em ficar de fora do rateio.
No último domingo, Rafa Márquez tornou-se o capitão de uma seleção a atuar em mais edições de Copas do Mundo: cinco. Ele começou o jogo contra a Alemanha no banco de reservas, entrando aos 27 minutos do segundo tempo no lugar de Guardado. Após a partida, o zagueiro conversou rapidamente com os jornalistas na zona mista do Estádio Olímpico Lujnik, em Moscou.
_ Agora mim fala uma coisa, por que o tecnico Ozorio levou esse jogador pra copa?
na minha opinião e que tal la no mexico ecomo em outros lugares no mundo, dão lugares para esse tipo de coisa, não estou falando somente do mexico, para algumas pessoas esses caras fora da lei são bem visto, isso é uma vergonha.